segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Desafio dos Doze Dias Santos

Geeeeeeeeeeente! Como foram de natal? :) Espero que bem!

Estou hoje aqui para lançar-lhes um desafio. Minhas sobrancelhas estão arqueadas e eu estou com cara de bonachona, porque esse vai mesmo ser um desafio.
Então, é o seguinte: eis que, perambulando por entre os blogs, encontro este post, no blog Arcano Dezenove, que nos propõe um exercício de meditação durante 12 dias, começando no dia 25 de dezembro (para entender o porque, aconselho ler o post mencionado). Eu simplesmente amei a proposta e todo seu conceito espiritual/astrológico/universal (se assim quisermos), e decidi que, aproveitando esta ideia, iria junto à ela esforçar-me para, durante estes 12 dias, retirar-me ao máximo da internet.
O objetivo disso é, ao menos para mim:
- Estar mais focada no decorrer do meu dia;
- Aproveitar e usufruir mais e melhor do meu tempo;
- Aprender a organizar-me;
- Aprender a disciplinar-me.

Ou seja: de nada adianta deixar de usar a internet e ainda assim continuar procrastinando, empurrando coisas com a barriga, fazendo tudo pela metade. O desafio é pra mexer o físico, o psíquico e o espiritual. Podem considerar este um tempo de faxinar isso tudo, para depois de Doze Dias Santos, sentirem-se renovados. Mais leves, e limpos! ;)
Eu estou ansiosa para saber qual será o meu desempenho (sei o quanto odeeeeeio internet!). Quando terminar, venho contar-lhes (pretendo anotar dia por dia, com pormenores).
Lembrando, por fim, que o objetivo não é fazer julgamentos durante este período, mas sim observações. 

Boa sorte para quem me acompanha!
Um grande, amoroso, feliz, esplendoroso Ano Novo para todos neste planeta!
Que Deus nos Guie e abençoe sempre! 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Poema nº 11

Como se não bastasse
A tua sujeira, besteira
as lágrimas que derramei naquele colchão...
E o que me fez pensar
que foi tudo em vão
vem deste seu olhar,
tão frio, sem lar
a tua alma sofre em chuva,
mas nada disso quero lembrar.
Amor, o dia caiu tao depressa
e rio porque não há pressa
não há remorso, ou solução:
O que fazer,
se foi tudo em vão?



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O intuito da Yoga

(Este texto considera o Yoga como prática corporal conjunta da prática de meditação).

Ao contrário do que alguns dizem ou pensam,
O exercício de Yoga não serve para te transportar a outros universos.
Não serve para te fazer “viajar”, ou ter alucinações, ou esquecer-se do mundo, do peso do mundo ou de si.

O intuito é exatamente o contrário: fazer com que sua mente concentre-se no aqui e no agora. Para que? Para que você se perceba. Perceba seu corpo. Perceba seu ritmo. Perceba sua estrutura – física e mental. Perceba quais são os pensamentos que te circundam e quais deles estão poluindo seu fluxo psicológico. E, mais especialmente, o intuito do Yoga é, primeiramente, fazer-te perceber quantos pensamentos te circundam para que depois você possa aprender a silenciar-se, aprender a filtrar melhor, aprender a estar mais Consciente de si e de suas possibilidades.

Eu faço Yoga a pouco tempo e irregularmente – não sou muito boa aluna. Mas toda a santa vez que eu me dispus a praticar Yoga me vi babaquizada com a quantia e a frequência louca com que minha mente fala. E me vi também frustrada ao perceber que –puts!- eu não tenho quase nenhum controle sobre isso. Mais parece aquele filho endiabrado que a mãe corre pra lá e pra cá pra por no eixo, mas sempre dá um jeito de fugir. Por isso, é desafiador. É disciplinante. É um processo de auto-conhecimento que, meu Deus... Eu não posso nem explicar o quanto acho válido.

Tem coisa na vida mais valiosa do que se conhecer? E poder ser quem você é?
I don’t think so!
Beijos de inspiração (e expiração)...


domingo, 2 de dezembro de 2012

Eu sinceramente não quero...


Não quero um trabalho de 8 horas por dia.
Para pagar um cubículo para dormir no 15 andar.
Com luzes brancas pra economizar e uma cafeteira vagabunda....
Eu não quero sobre-viver de computador e televisão.
Não quero que meus almoços virem lasanhas prontas requentadas.
Não quero pagar 15 reais pra comer arroz e feijão.
Eu não quero ter horário pra sair na rua...
Não quero viver em meio a merda, ao desperdício, ao desrespeito.
Muito menos em meio a hipocrisia e a falsa moralidade.
Eu não quero sobre-viver sem nenhum verde a minha volta.
E não me bastam os canteiros de flores tristes, acinzentadas pelo pó da poluição.
Mortas pelas bitucas de cigarros que matam a minha dignidade também.
Eu não quero ter meios-amigos. Nem meios-amores. Nem meias-alegrias.
Nem meias-noites. Nem meias-verdades...
Nunca vou me dar ao luxo de pular sobre o abismo da loucura pra esquecer-me do que vivo. 
Eu não quero tapear a mim. 
Não quero fingir que não vejo, ou que gosto do que vejo,
ou que gosto do que sei.
Eu não quero uma meia-vida.
E a única coisa que me faz respirar hoje, e aqui 
É saber que isso tudo é temporário. Que faz parte da única meta que eu já tive, e que por isso me esforço em continuar centrada, acalmando o grito sufocante do meu peito com esse louco respeito e amor que tenho a vida que me foi dada. Sinceramente,
Hoje e sempre.


sábado, 24 de novembro de 2012

Take Me Away

Eu não quero filosofias: nem palavras quero!
Nada quero entender, quero apenas a melodia como confidente!
Cúmplice da cumplicidade que me envolveu...
Me absorva e me leve para longe, com ela...
Hoje eu estou só música, não me puxe pelos pés. Deixe-me pairar lá longe do chão...
Talvez eu volte... Um dia, eu volto. :)





sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Criatividade? Cadê?

Tá certo que vivemos numa sociedade capitalista, em que consumo é a palavra de ordem e, sendo assim, a esmagadora maioria de nós (de uma certa época pra cá) foi criado de maneira a ter tudo pronto nas mãos e também a não satisfazer-se com pouco. Somos a sociedade desperdício.
Mas, muito mais que isso, o grande perigo desse luxo todo foi o nosso emburrecimento progressivo. Não estou falando de matemática e outras ciências do colegial, mas do nosso dia-a-dia, o quanto nos percebo acomodados e - argh - reclamões. Nossa capacidade criativa (traduza-se: capacidade de transformar o meio afim de aproveitá-lo mais e melhor) está, também, indo pro ralo nessa correnteza. E, gente... Isso não está certo, está?
Eu, por exemplo, vivo numa cidade pequena, de interior. Aqui, nós não temos mil e uma opções de mercados, escolas, universidades, pessoas, ... A conta vai longe. Estamos num circulo mais limitado, mas isso também depende do que se considera "limitado". Como disse em outro post e ouvi em tantos momentos da minha vida: não estamos achando felicidade porque estamos procurando aonde ela não existe: fora de nós mesmos. O conteúdo do nosso pensamento é que vai nos proporcionar contentamento, alegria de viver.
Acima de tudo, felicidade é saber lidar com o que você tem, exatamente como é.
Portanto, minha pequena cidade não tem as mil e uma opções - é verdade - mas, por outro lado, oferece-nos sossego, familiaridade, praticidade e muita natureza. Basta saber utilizar. :)
Você, que vive numa cidade pequena, grande ou gigante: deixe de olhar para aquilo que não tem, e passe a observar o que pode fazer com o que tem agora.
Vai ter muitas surpresas, eu garanto.
Você, que como eu, vive numa cidade pequena, algumas ideias:
- Aproveite-se da natureza que o envolve, alimente-se menos de industrializados e congelados e faça uma hortinha para ter ervas frescas;
- Convide seus amigos para um piquenique no campo, ao pôr-do-sol;
- Conheça as paisagens da sua região (cachoeiras, canyons, cavernas);
- Numa tarde solitária, pegue aquele livro que você ama e vá ler debaixo de uma arvore;
- Aproveite para conhecer melhor seus vizinhos, convide-os para um café da tarde;
- Aproveite as datas festivas para promover festas em seu bairro;
- Envolva-se com sua comunidade, participe ativamente de projetos sociais;
- Faça você mesmo! Não fique esperando chegar outrém que faça o que falta ser feito! Vamos ultrapassar os limites do comum, que isso sim são limites: barreiras mentais.
- Agradeça.

ps: que os metropolitanos sintam-se convidados a fazer o mesmo! ;)



Imagens Canyon Pirituba - Minha região!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dear Liz

{ Oh, brother I can`t, I can`t get through
I've been trying hard to reach you 'cause I don't know what to do
Oh brother, I can`t belive its true
I´m so scared about the future and I wanna talk to you...
Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle you can't find your missing piece? }

Querida Liz,
estou numa folga apavorante. Pergunto-me se você já sentiu isso antes...
Tenho tido a oportunidade de descansar e pensar muito na vida, o que é terrível.
Ao mesmo tempo, sinto que estou mudando de novo. Passando por aquela fase que vai passar, pra depois então eu trocar de "casca". No meu caso, cenário mental é "casca". Eu tenho falado bastante sobre isso aqui, nesse blog meio falido... Ah, esse blog! Liz: me diga, porque eu o comecei? Pode falar que estou me diminuindo, porque estou mesmo, tá? E isso é novidade pra mim. Estou me sentindo mais boba a cada dia que passo aqui. Quero dizer, quem sou eu? Sinceramente... Não tenho sequer um tema em especial pra tratar por aqui, apenas venho despejar aquilo que nas minhas costas não aguento. Foi assim que aprendi a lidar com as minhas fragilidades: em cima do papel, você sabe. E até nisso tenho me sentido meio idiota, ainda mais agora que isso tudo tá tentando ser transferido para um notebook, e, mais especificamente, a blogosfera. Como posso eu querer colocar a perfeição nas minhas fragilidades?
Ao voltar a escrever, volto a ver minha face no espelho.
Preciso te dizer que não me pareço mais como antes... Agora, existem algumas cicatrizes. Não consegui aceitar todas elas, mas forço-me a olhá-las, porque me pertencem. Nem sempre deixo a minha imagem sem chorar. Ás vezes, compadeço-me de mim, as escondidas. Pura sorte minha tolerância à auto-piedade ser bem pequenininha. As maiores vieram de feridas abertas num período em que minha vida, como um jogo primário de atari, deu tilt total. E eu fiquei travada por um bom tempo até perceber que era mesmo eu quem teria de reiniciar a coisa toda. Acho que, fim de contas, este blog faz parte da fase "reiniciando".
É assim mesmo que eu me sinto: tendo a oportunidade de começar de novo. Todo dia. Sabe, acho que tenho sido um pouco negligente com a minha vida, quero dizer... Acho que tá na hora de eu assumir as rédeas por completo dela, fazendo o que sei como sei fazer nesse momento/período. Que quero eu saber do que os outros vão achar, afinal? Tô esperando o quê, um aval? Uma licença? Permissão?...
Tenho estado cada vez mais convencida de que me fizeram muitas propagandas da vida, com a intenção de eu comprar a ideia. E eu comprei. Mas percebo agora que quem faz a ideia da vida sou eu, somente. E a vida não me parece uma sequencia ideal de fatores, de pequenos objetivos a serem igualmente alcançados por todos. A vida nem sequer me parece uma sequência. A minha vida é absolutamente única, e eu sinto que estou aqui para honrar isto.
Você não sente, querida Liz?

{A música do início é Talk, do Coldplay, que a gente viciou ouvindo na sua casa, lembra? :) }


Besitos,
sú etierna compañera.
(é assim que escreve? espero que esteja gostando da Espanha!)
Te quiero!



F.B.








terça-feira, 20 de novembro de 2012

Entardecer

Entardecendo vou-me...
Na mão, uma rezinha
Que o ventou soprou de leve...



... Deus, que está aqui comigo: pode entrar.
Acenda sua luz dentro de minha mente, e leve-me contigo.
Use-me.
Faça de mim um instrumento harmônico...
Que eu possa levar a música que toca em mim para todos, se assim desejarem aqueles que protegem e oram por mim.
Que sua presença possa tornar-se constante em minha vida...
Amém.






~ Céu da minha casa,
neste entardecer. :)






segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O segredinho dos felizes

Não está na forma de vida.
Não está com quem andam.
Não está no que fazem.
Nem no que dizem...

... Está apenas no que pensam.
E o que pensam conduz:
Com quem andam,
O que fazem,
O que dizem,
Como vivem.

Portanto, vamos fazer uma troca:
Ao invés de choramingar, vamos mudar.
Ao invés de culpar, vamos perdoar.
Ao invés de reclamar, vamos agradecer.
Ao invés de preocuparmo-nos, vamos confiar.
Assim,
Ao invés de sermos trevas, seremos luz.
Ao invés de sermos confusão, seremos paz.
Ao invés de sermos outros, seremos nós mesmos.

Segredinho contado...



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dia frio

Dia frio é dia de silencio, na minha morada.
Minha casa cheira a um leve chá cidreira, quente.
Há livros pra ler, música para ouvir, filmes para rever, e isto são alguns encantos.
Mas o encanto maior é o do silencio que me toca, numa solidão amiga. Antiga...
A solidão pode ser um quarto confessionário, se permitirmos sua entrada...
Nela, nada penso. Apenas respiro quem sou, quem venho sendo, quem estou.
As vezes acho que ela é minha melhor amiga... Minha melhor amiga,
nesse quarto escuro te encontrei. Pego tuas mãos, faremos uma prece confidente.
Quero que saibas o quanto és bem-vinda.
Sempre que te ver chegando, hei de preparar-te um chá
Arrumar-te um lugar para sentar aqui, ao meu lado.
Agradeço-lhe a visita.
Agora pode ir, contigo sempre levando um pedaço de minha alma.
Até a próxima noite!




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

The HAPINESS Jar - Felicidade num potinho

Oioioioi :))
*The Hapiness Jar = A jarra da Felicidade.

Minha leitura de Eat, Pray, Love (Comer, Rezar, Amar), de Elizabeth Gilbert, começou há uns 5 anos, no banheiro. Foi um encontro romântico inesperado (num lugar inadequado...). Ali, naquele passado, naquele momento, eu comecei a leitura do livro que mais me emocionaria até os dias de hoje. É o meu livro de cabeceira (bom, na verdade não é, mas se eu tivesse uma "cabeceira" seria).
[ Resenhas do livro aqui e aqui].
O que acontece é que pessoas como eu, quando gostam mesmo de alguma coisa, tornam-se devotos, com eternas juras de amor. E, sendo assim, depois da Liz me ter feito sua amante por toda vida, eu nunca mais deixei de seguir seus passos. Vi o filme (que achei horrível, absolutamente nada comparado ao livro), li o outro livro (Comprometida), vejo todos seus vídeos no youtube (aliás, esse é tipo... UAU) e (ufa!) sigo-a via Facebook.
Então, eis que passando pelo Facebook dela, eu vejo várias fotos (lindas) de "Jarras da Felicidade", cheias de bilhetinhos dentro, vindas dos mais diversos países até aquele mural. Eu queria saber do que exatamente se tratava, e então, em um de seus posts, Liz explica:

"Jarra da Felicidade: Eu fiz um voto a mim mesma há alguns anos atrás de que toda noite eu escreveria o momento mais feliz do meu dia e salvaria-o para sempre".

Aqui está a jarra (e o gatão!) da escritora, que diz guardar de tudo e, atrás de tudo, escrever o porque de tal coisa ser tao significante para ela.




Eu, junto com outras mil pessoas, me apaixonei pela ideia (e vou fazer a minha). As pessoas que mandam fotos de suas Jarras relatam o quanto a experiencia de mais pura gratidão tem sido relevante e capaz de mudar por completo o tempero do cotidiano. Para você que também gostou da ideia e deste post, aqui vão algumas ideias de Jarras da Felicidade, com amor:


"Por favor não esqueça o hoje!" 



A autora desse preferiu fazer um Mural da Felicidade!



E voces? Que acharam? :)





domingo, 11 de novembro de 2012

A Força está em você,

E você é a Força.
Feche os olhos e imagine um lugar pleno, iluminado e arejado.
Faca de conta que este lugar é tua mente.
Medos, pensamentos julgamentais estão proibidos de entrar.
Os raivosos e maliciosos tampouco são bem-vindos.
Futuro e Passado entram apenas se apresentarem comprovante de natureza útil.
Quem é o guarda? Você. Seu trabalho é de 24 horas por dia.
Se, ao fim de cada dia, o bem fizer, receberá uma boa quantia de Paz, que pode te sustentar pro ano inteiro, com direito a Lucidez e Alegria.
Sua família [humana] inteira está incluída no plano.
Se sente-se fraco, certamente deixou um pé enlameado entrar no seu lugar mais sagrado.
Agora está na hora de limpar. :) Vá pegar o pano!






terça-feira, 30 de outubro de 2012

A vida é maior do que eu.

Sente-se cá afora.
Respire o momento, porque ele te respira.
O momento te absorve.
Sinta a brisa lhe tocando os cabelos.
Sinta os cabelos brincando em seus contornos.
Não fuja do fundo que há no aqui e no agora.
Tudo brilha, e é espaço.
Tudo brilha, e há espaço.
Deixe-se ser um fim. Às vezes, precisamos acabar.
Somos um sol no céu do tempo.
A relva lhe pisa quando você pisa nela.
O vento lhe sente quando você o sente.
Feche os olhos, e vá...


Volte quando precisar.


domingo, 21 de outubro de 2012

Devolução inusitada...

Gente, eu tive que voltar hoje aqui e fazer este post. Sério.
Eu sou uma pessoa que ama destinos coincidências, e hoje me aconteceu uma das boas.
Pois eis que ontem, há exatas 24 horas atrás, eu estava sentadinha na minha casa escrevendo sobre as 10 coisas que desejo fazer antes de morrer, e entre os itens colocados está um, antigo pra mim, em que falo da minha vontade de aprender tudo sobre as propriedades das plantas. Leeembram? :) ~ se não lembram, cliquem no link acima! ~  
E hoje, ao chegar em São Paulo, na casa do meu pai-ratão-de-livros, eu saí correndo em busca de um livro do Rubem Alves - que, aliás, é liiiindo! leiam-no os que ainda não leram, por favor! título: "Variações sobre o prazer" - e...pra minha surpresa, não o encontrei. Continuei vasculhando, sem saber da outra surpresa que as estantes mais recônditas desse apê me escondiam...

TCHARÃÃÃÃ!!!
"Crescendo e usando as Ervas Curativas" - Gaea and Shandor Weiss.
Gente, cêis não podem imaginar a felicidade da minina quando viu esse título, lembrou do post, pensou que era coisa do destino... Ahh :)
Destino: hoje eu te amei. Hahahahah!!!

E o melhor, gente: o livro pertencia a minha avó materna, Maria José, mais conhecida como vovó Zézinha, com quem eu não tive muito tempo de convivência e, portanto, não pude conhecer (e sempre senti pena por isso)... Esse livro, então, me revelou um gosto dela. Um gosto inusitado, e que tínhamos em comum, mesmo que separadas por muitas décadas e pela morte. Foi um presente mesmo, que nos devolveu uma à outra.

Como vocês podem ver, o livro é em inglês. E como é da minha vovó, ele é bem antigo (o que, pasmem, me fez ficar ainda mais interessada pelo conteúdo. Desculpa modernidade, mas eu acho que você perde muito pro que é velhinho. Tipo a minha vó);
Pra vocês terem ideia, tem no índice:
- Jardins de cura e história da medicina herbal;
- Tradições de cura herbal na América e na Europa;
- Guia ilustrado de ervas curativas;
- Criando seu próprio jardim de ervas curativas (*-* quase infartei nesse item)...
Ou seja: muita coisa. Mesmo.

E eu achei muito fofo o jeitinho que ele é separado, por plantas mesmo.
A primeira página em que abri (outra coincidência?) é a planta da qual eu mais tenho ouvido falar nos últimos tempos: lavanda. Dizem que a lavanda contém muitas propriedades, mas a principal é a calmante/relaxante. Eu nunca pude sentir seu cheiro de verdade, mas já tô tendo uma quedinha. :)



Quero ler ele com calma (vou ter que, né, amigos, é em inglês), e ir coletando as informações que são interessantes ou mais importantes pra poder depois compartilhar aqui com vocês. :D

Aguardem mais posts herbais! \0/
Obrigada coincidência, destino, ou como eu prefiro: Deus!

sábado, 20 de outubro de 2012

10 coisas para fazer antes de morrer!

1- Participar de uma ação social foda, tipo muito ativa. Quero olhar nos olhos de quem nunca posso ver. Gostaria de conhecer as regiões mais pobres e necessitadas do meu país e ir até eles com a missão de ajudar no que posso.
2- Mudar minha forma de falar e agir com as pessoas. Aprimorar, na realidade. Acho que sou muito... como posso dizer? Impulsiva. Sou muito espontânea e expansiva/intensa, ás vezes isso tudo coincide e eu me transformo numa explosão, num vomito de sentimentos. Por isso, posso facilmente soar imponente e arrogante (e às vezes eu não apenas soo, mas também sou mesmo...). ;x
3- Envolver-me mais com minha espiritualidade. É algo que eu tenho posto mais em prática, inclusive, e quem tem sido a maior delícia dos meus últimos dias-meses-tempos. :) Minha espiritualidade não cabe em nenhuma religião, mas gostaria de estudar e conhecer mais religiões (e também mais sobre os Chakras!)
4- Eu quero escrever um livro... Talvez, até, mais de um. Um de meus poeminhas. E o outro? Sobre o que? Não sei. Quando? Tampouco. É uma vontadinha antiga, e um dia há de chegar seu momento, com tema, tempo e tudo!! :)
5- Aprender astrologia, a fundo. Sério, gente, eu não dava muita bola pra essas coisas até ler o livre da Jane Avery "O signo ascendente". É um livro antigo e ma-ra-vi-lho-so. Nele você descobre o que significa "signo ascendente", e também descobre qual é o seu s.a. (aliás, o meu é leão, obrigada! *-* haha) e como isso molda sua personalidade e, logo, vida... Enfim, o livro é muito detalhado e explicativo, sem ser massante. Tem até uma pitadona de psicologia analítica. Pra mim, foi revelador e instigante! Sendo assim, pra quem curte astrologia, eu super indico! :)
6- Aprender tupi-guarani. Eu sei, pode parecer insano! Mas eu considero que é esta a língua natal do Brasil. O Brasil é índio, em essência, e não português! Acho, inclusive, um absurdo não ensinarem tupi-guarani nas escolas (ao menos as públicas!) brasileiras. Não só a língua, mas toda a cultura. Acho que temos muito a aprender com os indígenas (no que se diz ao respeito à natureza, então, nem se fala). Gostaria de fazer isso e até, quem sabe, conviver um tempo numa tribo.
7- Entender tudo sobre o poder de cura das plantas, da natureza. Gostaria de saber a propriedade de cada uma, especialmente as nativas e mais comuns da minha região, e cultivá-las em meu jardim, em casa, pra poder produzir eu mesma meus "remédios", charopes, shampoos, cremes, essências, enfim... tudo o que se pode produzir quando se têm esse conhecimento (muuuuuuita, muita, muita coisa!). Incluo nesse item um dos meus sonhos mais antigos: ter um pomar lindo, cheiroso, grandioso. Minha casa vai ter aroma de frutas e flores, muitas flores. Pode crer. :)
8- Aprender a costurar. Tenho pressa de aprender esse item! hahaha! De verdade! Já pensou a liberdade que é você poder fazer seu próprio vestido? Todas as suas roupas? Coisas pra sua casa? Do jeitinho exato que deseja? E pagar por isso muito menos da metade que se paga às lojas (que abusam da nossa boa-vontade!)? Nossa... sonho, sonho... *-*
9- Viajar com minha mãe, só eu e ela (e talvez meu irmão)! Tanto faz o lugar, pra onde ela quiser... Eu queria bancar a viagem toda, mas até que isso aconteça ela estará banguelinha e andando de bengalinha! hahahahaha :p
10- No meu trabalho como futura terapeuta, exercer um trabalho incomum, sem regras pré-estabelecidas,que realmente considere uma pessoa como única e que construa a terapia de acordo com os passos do cliente. Que minha terapia, ao aceitar uma pessoa e todo seu processo de ser e de viver, possa ajudá-la em todos seus aspectos, em todos os níveis (espiritual, físico, social). Desejo ajudar pessoas a descobrirem seu poder de auto-cura. Não quero ter muitos clientes. Quero, sim, ter poucos para poder dedicar-me à eles 100 por cento, com tudo o que tenho e sou.

Acho que é isso, minha gente! :)
Curti super fazer este post! Talvez tenha me esquecido de algo, mas tá aí. As 10 mais significantes pra mim.
Super beijo! :)
P.S.: Foto tirada por uma amiga, pôr-do-sol em Buri, interior de SP.




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pra onde vamos?








Dá pra dar um stop no mundo?...

Voltei pra cidade grande, grande, grande
O zum-zum-zum do mundo girando no meu ouvido
Eu preciso encontrar aqui algum sentido
Nao sei para onde estou indo, o senhor pode me ajudar?
A cara enfadonha, ele me diz que tem pressa pra chegar
Mas eu não posso ver nada nesse horizonte,
Nem horizonte o horizonte tem!
A maleta do tempo está a ponto de estourar,
sou mais uma dentro do jogo da vida sem querer jogar.

O que estamos fazendo (com as nossas vidas)? Estamos correndo para onde chegar?
Ao observar a loucura esquizofrênica que estamos vivendo, minha mente ligou a música dos Engenheiros:
"Estamos sós e nenhum de nós sabe onde quer chegar... Estamos vivos sem motivos, que motivos temos para estar?". Que motivos temos para estar? O que, afinal de contas, vale a pena nessa vida? O que desejamos viver e porque não vivemos?...

"E você pode se encontrar atrás de um volante de um largo automóvel...
Você pode se encontrar numa casa linda, com uma linda mulher
E você pode se perguntar: bem, como foi que eu cheguei aqui?"


~E então um dia você descobre que passaram-se 10 anos
Ninguém te disse para onde correr, você perdeu o tiro de partida~


Na loucura esquizofrênica da vida, eu parei. Perguntei: O que eu quero?
Uma imagem deliciosa de mim flutuando num rio invadiu minha mente, de tal forma que eu pude ouvir os pássaros, sentir o cheiro da mata, da água e das pedras molhadas.

Mesmo que por um segundo, hoje me senti despertar.
Mesmo que não seja o definitivo adeus para a vida vazia de vida,
dei hoje um passo na direção do tchau. Onde quer que isso me leve, é pra lá que eu vou.

~Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir.
Não queremos ter o que não temos, nós só queremos viver.~







sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Futilidades? Eu?

Muita gente vem me falar sobre a minha forma de ser/escrever, dizendo que sou muito séria, e que curto escrever sobre coisas "sérias". Alguns consideram isso maturidade, outros uma simples chatice.
Mas, como já disse uma vez aqui no blog, gosto de ter minhas máscaras no armário. Hoje tô mais leve, mais sutil, mais fútil (de acordo com minha mamãe)- mesmo porque é sexta-feira, e é na sexta que eu resolvo cuidar dos assuntos superficiais da minha vida, tipo: pele, cabelo e unhas. Ui! hahaha
Antes de começar a bater um papo com vocês sobre isso, quero dizer que:
1- Eu gosto mesmo de conversar, filosofar, pensar, repensar, discutir, ouvir... Acho só que tenho uma tendencia a gostar de tudo o que envolve palavras (ou de tudo que as palavras envolvem?). Mas "eu sinto prazer de ser quem eu sou, de estar onde estou, agora só falta você!" :p <3 Rita Leenda
2- Além disso, eu sou daquele tipinho chatinho que acha que equilíbrio é a palavra do século, talvez doS séculos, uma qualidade na qual eu ainda insisto em acreditar. O que quero dizer com isso? Sendo bem direta e reta: acho que vaidade + futilidade é uma combinação péssima pra quem não exercita a humildade + essencialidade da vida, o que ocorre com frequência, diga-se de passagem. Mas isso é tema pra outro post (eu sei, eu sei...).

Eu geralmente escolho a sexta-feira pra dedicar à minha estética porque ela antecipa o fim de semana, dias em que saio mais e recebo a visita do meu ilustre namorado. :)
Eu, particularmente, prefiro fazer tudo num dia só e, se possível, num único salão de beleza.
Não sou metódica e nem muito preocupada com beleza, não faço o "ritual salonístico" toda semana, mas sou bem chata e criteriosa pra escolher quem mexe comigo. Acho que nada mais justo: se estou pagando, quero um trabalho (muito) bem feito. Assim como se alguém erra, eu nunca mais volto, se alguém acerta, eu nunca mais deixo de ir. 8 ou 80, prazer em conhecê-los. Hahaha :p
Aqui vão algumas considerações minhas sobre o tema de hoje:

-Pra mim, beleza começa com pele.
Quem cuida da minha pele, unica e exclusivamente, sou eu, principalmente através da minha alimentação. Por sorte, sou daquelas que gosta tanto da salada de frutas quanto da barra de chocolate, talvez até mais. Sempre fico com o suco de laranja ao invés da Coca. Então, nunca tive problemas com espinhas e afins. Atualmente, gosto de ter um sabonete só pro rosto. Passo hidratante e protetor solar de dia, e à noite, só hidratante - facial e labial. Nao é todo dia, porque acho que a pele tem que respirar.
Muito de vez em quando faço uma exfoliação, e quando faço no rosto, faço no corpo inteiro.


-A segunda coisa mais importante pra mim, na minha beleza, é sobrancelha. Sério, gente. Mais atenção com suas queridas sobrancelhas, porque elas tem o poder de mudar tudoo no rosto de uma pessoa! Acho fundamental ter alguém que as faça bem por você, respeitando a forma e o tamanho naturais delas, sempre. Homens: por favor, tratem de cuidar bem das suas sobrancelhas também, porque isso faz A diferença! E isso não lhes muda o gênero ou opção sexual. Grata.




-Em terceiro: CABELO/pelos. Mas vamos começar pelo cabelo.
A começar pelo tipo de cabelo: cada cabelo tem sua manha, um jeito de ser cuidado e cortado.

Acho importante que você entenda seu cabelo, e tenha um cabeleireiro que o entenda também.
Meu cabelo é cacheado. Tipo... bem cacheado. Era bem mais, até o dia em que resolvi dar uma alisada com progressiva. Em minha defesa, eu digo que amava meus cachos, mas cuidar daquele cabelo era terrivelmente trabalhoso. Como dona de cachos, digo: se você tem cabelo cacheado, sua tarefa é achar um bom creme (atenção) para o seu tipo de cachos. Regra matemática: quanto mais enrolado o cabelo/mais apertadinhos os cachos, mais denso deve ser o creme leave-in.
Temos que ter cuidado pra não entupir o cabelo de creme e ele acabar ficando com o efeito "molhado" (nojento). Preste bastante atenção no cheiro do creme que você escolheu também, pra não se arrepender depois.
Sobre pelos é simples e rápido: homens e mulheres tem que cuidar bem dos seus, apará-los é questão de higiene. Esteticamente, eu gosto de ter minhas axilas sempre depiladas. Acho axila peluda em mulher um troço muito feio. E também acho feio falar "sovaco". haha :p (e pelamor, não preciso nem falar do "bigode", né gente? por favor; bigode nem pra homem dá certo).
-Quarto lugar (mas não menos importante): CONFORTO.
Eu aprendi à duras penas que não dá pra se sentir bem sem estar confortável. Roupa pra mim tem que ter qualidade, sapato então nem se fala! Definitivamente, conforto não está ligado a desleixo; na realidade, até ressalta a beleza da pessoa se esta souber se aproveitar de algumas dicas de vestimenta (única coisa que eu acho útil no mundo da moda, aliás).
Uma boa dica pra economizar e não errar na sua escolha de roupas é encontrar a paleta de cores que combina com a sua pele. Isso pode ser visto aqui, e aqui, em inglês.


Fora isso, eu acho que devemos sempre ter:
o melhor de todos os tempos!

- Um bom perfume, que combine (dure e exale bem o cheiro) na sua pele. Eu invisto em perfume sem medo de ser feliz, mesmo porque sou viciada só em um: Carolina Herrera- 212, New York. Acho válido.
- Uma boa base (até os homens), certa para seu tipo de pele. Eu pago caro por uma boa base. De verdade. Atualmente uso a da Mary Kay, R$50,00, que fica bem leve na pele, mas tem boa cobertura.








Uffa! Aí foram algumas confissões minhas de beleza. Terão mais,aguardem!
Até a próxima e uma sexta (e semana) linda procêis! :*



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Projeto do Adeus

Nossa energia espiritual é, por vezes, muito silenciosa.
Na nossa dificuldade em parar, deixamos de escutá-la e passamos despercebidos pelos recados que a vida nos dá.
Tenho estado mais atenta ao que se passa dentro de mim, no intento também de respeitar-me como sou, cada vez mais. Amar a si mesmo exige muita calma, alguns perdões, algumas lágrimas e palavras de motivação. Amar a si mesmo é deixar-se falar, e pouco basta para isso acontecer.
Hoje estou no projeto do adeus. Queria estar numa brisa fria, passeando sozinha no campo, respirando Deus e eu. Longe de internet, tudo e todos. Só eu e a vida, mesmo. Eu dentro de mim.
O projeto do adeus é isso: um passo em direção à si mesmo, um repensar de hábitos e rotinas que fizeram a forma da sua vida, uma modelagem com as mãos. Assim que puder, estou decidida: ficarei distante dessa conexão discada por algum tempo para poder reiniciar a conexão comigo. Fico comigo o tempo que for necessário, me faço um bolo de laranja e chá de erva cidreira, aguento todo o meu despejar de amarguras como uma boa e velha amiga e não pretendo me deixar ir embora depois de ter as contas acertadas com a minha história e minha vida. Sou mãe de mim. Seguro firme minha mão,e sigo.
Afinal de contas, eu profundamente acredito: é perigoso estar distante de si mesmo.
Talvez esse seja o grande perigo da vida.

Um abraço com cheiro de brisa, solidão, mato, cavalos, coração e aconchego.
Àdeus.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sê para ti mesmo


[...]
Os amigos que tiveres, testada a sua eleição,
Cinge-os à alma com aduelas de aço,
Mas não gastes a palma da mão, acolhendo
O galante imberbe saído do choco. Cuida
Antes de entrares numa briga, mas, entrado,
Faz com que o teu opositor se cuide de ti.
Empresta o ouvido a todos, mas a poucos dá a voz;
Aceita o aviso de cada um, mas guarda para ti julgar.
[...]
Sobretudo retém isto: sê para ti mesmo verdadeiro,
E daí se seguirá, tal da noite corre o dia,
Que a nenhum homem saberás ser falso.

(Hamlet) - Shakespeare.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lá no meu altar...

Pai nosso, versão em aramaico:

Ó Fonte da Manifestação! Pai-Mãe do Cosmo
Focaliza Tua Luz dentro de nós, tornando-a útil.
Estabelece Teu Reino de unidade agora.
Que Teu desejo uno atue com os nossos,
assim como em toda a Luz e em todas as formas.

Dá-nos o que precisamos cada dia, em pão e percepção;
Desfaz os laços dos erros que nos prendem,
Assim como nós soltamos as amarras que mantemos da culpa, dos outros.
Não deixe que coisas superficiais nos iludam,
Liberta-nos de tudo o que nos aprisiona.
De Ti nasce a vontade que tudo governa,
O poder e a força viva da ação,
A melodia que tudo embeleza,
E idade que tudo renova.

Amém.




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Keos

"Havia em Keo uma inocência quase comovente de se ver. Na verdade, a família inteira parecia a coisa mais pura que eu já encontrara. Apesar da televisão, da geladeira e do ventilador, continuavam intocados pela modernidade, ou pelo menos intocados pela malícia sofisticada da modernidade. Eis aqui apenas alguns elementos que faltaram na conversa com Keo e sua família: ironia, cinismo, sarcasmo e presunção."
- Eliabeth Gilbert, Comprometida.

Gosto muito desse trecho porque ele me leva à uma saudade que tenho: tenho saudade da falta dessa malícia sofisticada até em mim mesma, e me lembro de já ter me divertido muito -e mais- sem ela. Lembro-me de ter tido uma grande amiga, talvez a única verdadeira na minha história. Nossa amizade era muito respeitosa, naturalmente respeitosa. Ríamos muito, mas sempre uma com a outra. Não tínhamos malícia, raramente tirávamos sarro para rir uma da outra, porque sabíamos o quanto aquilo podia ser desagradável. Esse é um costume tão raro. Rir com, e não rir de. E rir com a pessoa, mesmo que seja sobre a própria pessoa, é tão mais satisfatório.
Sao as relações nítidas e respeitosas, sem a "malícia sofisticada da modernidade", que verdadeiramente constroem pontes entre pessoas. O sarcasmo e a ironia são frutos de uma presunção que é triste, porque só pode ser sozinha. É um abuso do outro para um agrado seu, e talvez só aumente nossa prepotência em acreditarmos que só podemos estar no ápice em todo quesito da vida, que sair por cima é o objetivo.
Nao...
Objetivo mesmo é aprender a aceitar ficar por baixo, digerindo fracasso e frustração.
Objetivo mesmo é ter ao seu lado pessoas que lhe devolvam, de alguma forma, a relação humana que é verdadeiramente valiosa.
* Atenção: não estou aqui dizendo que não podemos ser brincalhões ou irônicos  mas sim que estas não deveriam ser características tao implantadas na nossa forma de relacionarmos com os outros. ;) sim?

Quero ver mais Keos e menos caos por aí. :)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Queria ser...

"Queria ser um branco de cor preta mexicano nascido na europa educado no japão criado na áfrica que vai morrer em alto mar e ser enterrado por gaivotas... Queria ser o mundo.
Queria ser um deus grego para os índios, queria ser a Capitu dos burgueses, a dançarina de vocês, o poeta que não bebe, a mãe de todos os lares, o ser de todos os seres, o vício de todos os vícios e um cara menos egoísta, para nada disso ser".


- O autor desse poema que eu adoro é Marochi, um moleque ponta-grossense, meio nonsense, guitarrista da banda Streides e escritor de verdades nas horas vagas.
Grata, Marochi. :)

- Aproveito para dizer que se você que está aí lendo tem algum excerto ou poema próprio do qual gosta muito, manda pra mim! Quem sabe não vem parar aqui? :)
Quem não tem blog também pode comentar, então, sintam-se livres - apenas enviem com o nome junto.




Beijos, e até!



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pensando bem - O mundo de plástico

Quem nunca foi numa festa infantil não pode entender como é sentir que se está presenciando uma grande explosão de cores, informações e bajulamentos. Não estou aqui pra xingar festa (só espetáculo), até apoio (ainda mais se tiver brigadeiro caseiro), acho que comemorar faz bem. Só acho que a gente deveria começar a pensar melhor em como fazemos.
Quer dizer, no mundo caoticamente atarefado em que estamos vivendo, praticidade virou uma palavra santa. E eu também sou super a favor de praticidade. O problema é confundir praticidade com preguiça - uma conserva, a outra desperdiça.

Primeiro preciso manifestar minha indignação para o show que tenho visto ser algumas festas infantis. Gente, peloamordedeus, papais e mamães: vocês estão sendo contraditórios demais! Eu sei que não sou mãe, mas não preciso ser mãe para ter (e usar) meu sagrado senso lógico. E meu senso lógico me diz que, poxa, uma criança não precisa de muito pra se divertir. Precisa, na verdade, é de pouco. Criança precisa usar a criatividade e não ganhar 100 brinquedos novos, prontos, caros.
Então, eu fico chateada com o que vejo acontecer.
Pais dizem para os seus filhos: "fiquem gratos por aquilo que têm!" e "não joguem lixo no chão", querendo ensiná-los a não consumir em demasia e a respeitar o meio ambiente, mas a beleza dessa didática fica mesmo só na palavra (o que, por sinal, é bem feio, não acham? Ou vocês gostam que alguém cobre de vocês algo que não é feito por aquele que cobrou?). Sim, porque na hora da pressa  festa, gasta-se muito mais do que deveria/poderia ser gasto pra satisfazer uma criança, isso sem falar no baita desperdício porque, em nome da preguiça "praticidade", usa-se apenas objetos plásticos descartáveis que, além de serem horríveis são caros e podem ser substituídos (economicamente falando) por uma pessoa para lavar os copos/pratos/talheres não-descartáveis depois de usados. Pronto, falei.
Pra ser ainda mais sincera, caros pais, acho que alguns de vocês montam esse espetáculo de horrores mais para vocês mesmos, seus egos e seus "amigos" adultos, na intenção de demonstrar a quantia monetária contida no banco do casal feliz. Isso é meio pobre, né não?... Em todos os sentidos da palavra.

Então, tá. Argumentos dados, agora é a hora da mudança, pra você que quer mudar e consequentemente ter um filho que: entenda que não precisa de muito pra ser feliz, entenda que respeitar o ambiente é mais pratico, ético e produtivo que ser preguiçoso (pra não dizer folgado).
Amig@s pais, primeiro lugar: chega de objetos descartáveis.
Chega de tudo que vier com a palavra descartável no começo, meio ou fim de uma frase.
A começar pelos copos e pratos da festa, que podem ser de plástico, mas daquele plástico durinho, durável, que depois de ser usado vai ser lavado e reutilizado mil vezes, como os da foto. Eles não quebram fácil e também são mais confortáveis que os descartáveis, justamente pela consistência. E cabe mais bebida dentro. :)

 O mesmo serve para pratinhos e outros objetos. Vocês podem dar uma alegrada no look da festa variando as cores, tamanhos e jeitos dos utensílios. O importante é que sejam consistentes e bem feitos.
Não precisam se conter ao gastar dinheiro com isso, porque provavelmente, se fizerem a escolha certa, irão gastar uma só vez.




E pra ajudar a ter menos bagunça e menos lavatório dessas coisas, especialmente de copos, eu sugiro que vocês comprem uma fita crepe (ou umas, porque também tem de várias cores, tamanhos, modelos) e escrevam com caneta (que eu não sei o nome certo da bendita) o nome dos convidados, podendo, por exemplo, escrever de vermelho o nome das meninas e de azul o de meninos, pra facilitar. Pode também diferenciar cores de crianças e de adultos. Claro, ainda assim pode haver confusão. Mas com certeza menos! E menos é mais! :)

Acho ainda que se vocês notarem que seus "amigos" consideraram sua ideia muito barata (literalmente), aconselho vocês a pensarem que tipo de amigos são esses e se vale a pena serem chamados para a próxima festa. ;)

Um abraço de mudança,
Flavia.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Parei.

Parei de publicar os meus posts em redes sociais. A razão é simples:
1- Esse blog não foi feito pra amaciar (ou foder com) meu ego através do numero de visitas.
2- Acho que o número de visitas é o que menos tem que importar aqui, pra mim, neste blog.
Porque se eu fico me preocupando em falar para os outros (nossa, que frase estranha...) não sai a mesma coisa. Tenho que falar como se fosse eu pra mim, como se esse blog fosse um quarto escuro aonde eu despejo minhas confissões, meus palavrões, e todo o blablabla envolvido.

É isso... portanto agora quem quiser me ler, já sabe o endereço.
Estou aqui para ser lida e quero ser lida. Mas não vou mais ficar colocando um cartaz de "novo post" a cada  novo post (a não ser que eu faça um muito foda e meu coração apele para a apelação).
Quem se interessa por mim, seja lá pelo motivo que for (exceto pelos pervertidos), pode vir fuçar minha chaminé a vontade.
Foi feita pra isso mesmo. :)

O dia hoje tá chuvoso, tá muito gostoso, eu dormi 90% do meu dia mas estou me sentindo péssima devido ao nível da minha preguiça e porque todos ao meu redor parecem estar muito atarefados enquanto eu almoço vendo Friends.
Não vou mais falar hoje da minha vida burguesa, que já me envergonha muitas vezes por dia.
Beijos e vamos fingir que sou igualmente trabalhadora, ativista social e merecedora desse paraíso.




Inté.

domingo, 26 de agosto de 2012

Arte do espírito

Três amigos se encontram na sala. O olhar de cada um deles é de uma alegria especial, com brilho. Sabem quem são, como são, sentam-se ao chão. Uma vela é acesa. Um chocolate quente é preparado. As luzes são baixas, e há música que enfeita o ambiente. O sorriso no rosto denuncia a saúde. O sorriso nos olhos denuncia a paz. Há amor para ser dado e recebido, entre os que se conhecem.
São apenas 19 horas.
Juntam-se para purificar. Juntam-se para serem mais profundos. Para saborear a conversa como se saboreia um bom vinho, sem pressa, percebendo cada detalhe, absorvendo cada sentido. Risadas podem ser soltas, e lágrimas também. Tudo está livre para ser solto. São profundamente agradecidos por terem este momento de pura comunhão. De limpeza. Alimento para o espírito.
Antes do chocolate, um copo d'agua para cada um, no ritual do encontro. No respeito à suas maravilhas, quando, num bom aproveitamento, ele se torna possível. Uma saudação à tudo o que têm.
A sala está livre de quaisquer pensamentos que não os dirigidos ao momento presente. Todas as outras tensões foram deixadas porta afora. Cá adentro resta o acolhimento, e um calor sincero.
Depois de uma conversa longa porém leve - sem ser boba, fútil -  em que risos e gargalhadas surgem espontaneamente, sem haver a necessidade de qualquer alteração provocada de estado psicológico, o amigo levanta-se e aumenta a música que está a tocar. Começam então a dançar e ali se faz a festa. Animada, despretensiosa e por isso, desenvergonhada. Não se importam com seus kilos a mais, se há trabalho a ser feito, ou se nem tudo na vida ocorreu como esperado. Não há convites nem taxas de entrada. Não há luxo, obrigação, falsidade, constrangimento ou frustração. A ironia e o sarcasmo são os únicos proibidos de entrar.
Existe apenas a vontade de festejar, forma de dizer "obrigado" pela órbita dos pés, descalços.
Depois de terminado, beijam-se as mãos. Cada um retoma o seu caminho.
E, no entanto, a sala continua ali, a espera de uma outra visita. E amigos voltam, sempre.
Mesmo que só para um chocolate.

- Esses são os amigos que um dia terei, se Deus quiser.
Amigos que fazem do encontro uma arte do espírito.-









sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Desabafo simples

Tenho noites caladas
Tenho noites coladas nas janelas abertas em mim.

Eu tenho, eu sinto.

Sinto que senti que tive...
E hoje peço para voltar.

A vida de antes era mais simples.
Quando foi que ela me escapou assim? Quando?
Simplicidade... sua falta faz tanta falta pra mim.

Chuva caindo em meu vidro,uma solidão fria que refrescava minha corrente sanguinea. Chuva simples.
Caía e eu caía com ela. Eramos chuvas conversando, num encontro que as vezes demora muito pra acontecer.
Talvez eu tivesse mais paixão e mais encontro. Menos pretensão. Acho que já fui mais madura. Acho que a menina da janela me chama pra voltar. Um voltar urgente. 
Sons tem cheiros.
Cheiros tem sons.
Toda a memoria de mim por um minuto se perde em dúvidas - onde foi que me enfiei?
Parece que foi em uma gaveta, e estou procurando a chave pra me tirar de lá...
Palavras pesadas faziam parte do meu vocabulário
Eu tinha, eu me lembro, um par de tenis que ninguém gostava
Roupas que não combinavam, coisas que não importavam,
eu tinha mais poesia no coração.
Eu era mais poesia. Era sim.

Com passos molhados, sonhos enlatados, volto pra casa, mãe, depois da chuva eu volto, sim.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Despertar Divino

Olá! Muito boa noite.
Encontrei este texto perambulando pela internet e me identifiquei totalmente.
Não estou passando agora por uma fase assim, mas já passei e senti claramente alguns destes sintomas.
Acredito que sou um ser espiritual, somos todos, aliás.
Aqui vai, com uma prece por aqueles que passam por um momento de passagem ou dificuldade.



OS DOZE SINAIS DO SEU DESPERTAR DIVINO 

1. Dores no corpo e sofrimentos, especialmente no pescoço, ombros e costas. Isto é o resultado de intensas mudanças no seu nível de DNA, enquanto a "semente Crística" é despertada interiormente.

2. Sentimento de profunda tristeza interna sem aparente razão. Você está soltando seu passado (dessa vida e de outras) e isto causa o sentimentode tristeza. Isto é
 semelhante a mudar-se de uma casa na qual você viveu por muitos,muitos anos para uma nova casa. Por muito que você queira mudar-se para uma nova casa, existe uma tristeza por deixar as memórias para trás, energias e experiências da velha casa.

3. Chorar sem razão aparente. É bom e saudável deixar as lágrimas fluírem. Isto ajuda a soltar a velha energia interna.

4. Repentina mudança no trabalho ou carreira.Um sintoma muito comum. Como você muda, coisas a sua volta igualmente mudarão. Não se preocupe em achar o emprego “perfeito” ou sua carreira agora. Você está em transição e poderá fazer várias mudanças de empregos até se estabelecer em algum que caiba sua paixão.

5. Afastar-se das conexões familiares. Você está conectado com sua família biológica via velho carma. Quando você sai do ciclo cármico, os vínculos das antigas conexões são soltos. Vai parecer que você está afastando-se de sua família e amigos. Depois de um período de tempo, você pode desenvolver uma nova conexão com eles, se isso for apropriado. Porém, a conexão será baseada na nova energia sem elos cármicos.

6. Padrões de sono pouco comuns. É provável, que vocês acordem muitas noites entre duas e quatro horas da manhã. Há muito trabalhosendo feito em você, e isso muitas vezes faz você acordar para dar uma respirada” . Não se preocupe. Se você não puder voltar a dormir, levante-se e faça alguma coisa. É melhor do que deitar na cama e preocupar-se com coisas humanas.

7. Sonhos intensos. Nestes podem ser incluídos sonhos de guerra e batalhas, sonhos de caçadas e sonhos com monstros. Você está literalmente soltando a velha energia interna, e estas energias do passado são muitas vezes simbolizadas como guerras, corridas para escapar e o "bicho papão".

8. Desorientação física. Em tempos você sentirá muito sem chão. Você estará "mudando espacialmente" com a sensação de que você não pode por os dois pés no chão, ou que você está andando entre dois mundos. Conforme sua consciência muda para a nova energia, seu corpo algumas vezes "atrasa-se" e "fica para trás", isto é, ele não acompanha. Gaste mais tempo na natureza para ajudar a aterrar a nova energia.

9. Aumento da "conversa consigo mesmo". Você encontrar-se-á conversando com seu "Eu" mais freqüentemente. Você de repente perceberá que esteve batendo papo com você mesmo pelos últimos 30 minutos. Existe um novo nível de comunicação tomando lugar dentro do seu ser, e você está experimentando a "ponta do iceberg" com a "conversa consigo mesmo". As conversas aumentarão, e se tornarão mais fluídas, mais coerentes e com mais visões interiores. Você não está ficando maluco. Você é apenas Shaumbra movendo-se para a nova energia.

10. Sentimentos de solidão, mesmo quando em companhia de outros. Você pode sentir-se sozinho e longe dos outros. Você pode sentir desejo de evitar grupos e multidão. Como Shaumbra, você está percorrendo um caminho sagrado e solitário. Tanto quanto os sentimentos de solidão causem ansiedade, é difícil, neste tempo, contar sobre isto a outros. Estes sentimentos de solidão estão associados ao fato de seus Guias terem partido. Eles estiveram com você em todas as suas jornadas, em todos os cursos de suas vidas. Era tempo deles se afastarem, assim você ocuparia esse espaço com sua própria divindade. Isto também passará. O vazio interior será ocupado com amor e energia de sua própria consciência Crística.

11. Perda da paixão. Você pode sentir-se totalmente desapaixonado, com pouco ou nenhum desejo de fazer qualquer coisa. Isto está certo, e isto é apenas parte do processo. Pegue este tempo para fazer nada mesmo. Não lute com você mesmo por isso, porque isto também passará. É semelhante a reprogramar um computador. Você precisa fechar por um breve período de tempo para poder carregar com o novo e sofisticado software, ou neste caso, a nova energia da semente Crística.

12. Um profundo desejo de ir para Casa. Esta talvez seja a mais difícil e desafiante de qualquer uma das condições. Você pode experimentar um profundo e irresistível desejo de voltar para Casa. Isto não é um sentimento suicida. Não é baseado numa frustração ou raiva.

Você não quer fazer um grande negócio disto ou causar drama para você mesmo ou para outros. Tem uma quieta parte de você que quer ir para Casa. A raiz que origina isto é bastante simples. Você completou seus ciclos kármicos. Você completou seu contrato para esta duração de vida. Você está pronto para começar uma nova vida enquanto ainda está neste corpo físico.

Durante este processo de transição você tem lembranças interiores do que é estar do outro lado. Você está pronto para alistar-se para outra viagem de serviço aqui na Terra? Você está pronto para um contrato de desafios de mudanças em direção à Nova Energia. Sim, na verdade você pode ir para Casa agora mesmo. Mas, você veio até aqui, e depois de muitas, muitas vidas seria um pouco frustrante ir embora antes de ver o final do filme.

Além disso, o espírito precisa de você aqui para ajudar outros na transição para a nova energia. Eles precisarão de um guia humano, como você, que fez a jornada da velha energia para a nova. O caminho que você está percorrendo agora fornece as experiências que te habilita a vir a ser um Professor para o Novo HumanoDivino. Tão solitária e escura que sua jornada possa ser às vezes.






Lembre que você nunca está só.


Boa noite e que Deus vos acompanhe. 
"Entrego, confio, aceito e agradeço". - Professor Hermógenes.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Festa na cozinha


Fui a uma festa há alguns dias atrás.

Festas sempre me dão um tipo estranho de tensão. Antes de aceitar ir, fico preocupada com as obrigações sociais de uma festa, as quais eu nunca quero cumprir. Como ter que sorrir forçado dez vezes seguidas pra uma câmera até que todo mundo se ache suficientemente bonito; ter que ser simpático e agradável quando por dentro você se sente um vinagre velho e azedo; compactuar com falas e ações apenas para poder sentir que há um laço entre você e aqueles outros, do outro lado do balcão.

É por conta do discurso feito acima que eu sou reconhecida como a pessoa não mais sociável do mundo. Pois que me desculpe o mundo, mas agradeço até hoje por esse meu reconhecimento antissociável (sim, porque ser antissocial é diferente).  Nada me deu mais liberdade até hoje.
Não que eu não me doe a alguns desses cumprimentos sociais, a questão é que sei me retirar deles, e definitivamente me retiro. E amo me retirar, porque minha retirada demarca e expõe o meu limite. E ter expostos seus limites, ao contrário do que costumamos pensar, é algo muito libertador.
Acontece que ao longo da minha vida percebi que toda a aparição é a continuação da montagem de uma imagem. Muitas vezes, as aparições das pessoas fazem nada que não confirmar a velha imagem.  Minhas retiradas fizeram fixar em mim algumas taxações, como “rebelde” ou “caseira”. Meu deus, como eu odeio essa palavra: caseira. Nada é mais distante de mim que isso. Na verdade, caseiro pra mim é um cara que ganha uma grana pra atender uma casa, e obrigada, até mais!
A realidade é que minha bendita “antissociávelização” fez de mim um ser incompreendido. Mas como eu sempre digo, a cada festa uma nova oportunidade de se refazer a imagem feita. Então lá estava eu em uma festa que eu não estava curtindo muito. Eu percebi que eu queria que as pessoas achassem que eu estava curtindo muito, mas eu não estava curtindo muito. E, dãh, pode haver um pensamento mais ilógico que esse? Logo eu que sempre acreditei que um sorriso falso não serve nem pra ganhar um chiclete?
Bom, sim, logo eu.
Tendo percebido isso, perguntei a mim mesma o que eu queria. E a primeira resposta veio muito rápido: “quero ficar em um lugar quente, preciso me aquecer”. Por isso, fui a cozinha e me sentei à mesa. Assim que sentei me senti melhor. Resolvi me servir de um copo d’água e ali fiquei. A sensação de estar parada em meio ao movimento foi muito boa para mim. Parecia que eu era a dona da casa recebendo toda aquela gente.
As pessoas entravam e saiam da cozinha para usar o banheiro e não demorou muito para que começassem a estranhar a minha escolha de ficar sozinha bebendo agua na cozinha. Alguns paravam para conversar comigo, e sentavam-se também. Todos me perguntavam se eu estava me sentindo bem.
Nos poucos instantes após essa minha escolha, eu tive a oportunidade de me sentir feliz e presente no momento. Pude conversar com várias pessoas, e (caramba) fiz novos amigos.
Minha imagem estava refeita. Nada de rebeldia ou "caseirismo". Apenas uma essência sendo verdadeira e, à sua maneira, atraindo algumas pessoas para a mesa.
Ser sincero consigo mesmo não tem preço. E cada vez mais me convenço de que é isto o que realmente  buscamos: voltar a nossa própria essência, sentar na nossa mesa. Foi para isso que a festa na cozinha serviu. Uma conversa sincera é a concretização de um verdadeiro encontro, finalidade de qualquer festa, seja na cozinha ou dentro do seu coração. 
Todo o verdadeiro encontro nos devolve para nós mesmos.
Não buscamos por uma boca seca e dor de cabeça na manhã seguinte, mas sim pelo abraço reconfortante que se pode ter na socialização.

 Vamos tentar não fugir mais da mesa, certo? 

Agradeço,

Flavia Bellesia.

sábado, 28 de julho de 2012

Sobre a solidão, para F.S.

c



"Sobe pelo corpo o tremor do castelo que desmorona".
"Sinto meu perfume enquanto o vento do tempo sopra esse bafo de mudança".
"A quadrilha dos desafortunados só começa quando o poeta recita a dor de um adeus".
"Não quero morrer com certezas".
"Entendo de culpas. Mas é negra a solidão de quem escreve".

Fernanda Young foi pra mim uma boa descoberta da "modernidade".
Muitos a odeiam, mas eu acredito que as pessoas adoram polemizar.
Pra mim, ela é profunda mesmo quando esdrúxula.
Seus textos calam em mim o que não pôde ser dito. Despem-me de palavras.
É pra isso que outros textos e autores me servem: falar por mim, 
e dessa forma diminuir a minha solidão, até por me aproximar mais de mim mesma.


Que o vídeo possa escutar-lhes sem falas,
curar-lhes sem remédios, e também, é claro, diminuir-lhes a solidão,
sentimento tão necessário mas que precisa ser, de quando em quando, aliviado.


Flavia.






quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cuspiram-me na cara.

O nome que dei ao texto de hoje não é metafórico.
Eu literalmente levei uma cuspida na cara.
No meio da cara.
Eu estava saindo de uma loja, a qual adentrei com um propósito absolutamente fútil, quando me deparei com um mendigo que sempre ronda aquela área e pronto. Ele não disse nada, eu não disse nada, em um milésimo de segundos deixei a calçada aonde estava, agora com a cara cuspida.
Com as pessoas ao redor me olhando, eu resmunguei alguma coisa e limpei meu rosto com a manga da camisa. Fui-me.
Por incrível que pareça aquele cuspe não me provocou nojo. Ou raiva.
Num primeiro momento me senti extremamente constrangida pois o cuspe na cara é um típico ato de humilhação. Pois bem. Alguns minutos depois, fiquei constrangida novamente: o cuspe me fez refletir a minha fútil vida. A quantia de tempo que eu gasto pensando em coisas nada essenciais para a minha existência. Ou então o quanto eu deixo de valorizar aquilo que realmente me é essencial. Ou quantas (tantas) vezes eu fui mesquinha e fiz vista grossa a mendigos vivos-mortos e a forma como eles "vivem" esse mesmo mundo que eu.
(Isso tudo pode parecer muito clichê, mas sinceramente eu cansei de subestimar clichês. Se você que me lê aí da sua telinha faz parte do clube "não tolero clichês" faça o favor a si mesmo de despedir-se deste blog. Aqui o que não é tolerado são os clichês dos não-clichês. E eu disse muito "clichês" nesse parenteses).
Perto dos questionamentos que o cuspe me levou a ter, senti a vontade de ser mais humilhada. Um cuspe foi pouco pra mim. Quem sabe eu mereça mesmo um bom soco na cara pra deixar roxo esse meu olho que eu insisto em pintar de preto nos sábados.
O cuspe me fez nú.
Porque não sei de onde me veio a idéia de que sou mais merecedora do que os mendigos, ou que sou menos mendiga que eles, mas sei que ela está bem instalada na minha cabeça, mais parece chiclete com cabelo, um emaranhado que para ser desfeito, precisa ser cortado. Então eu agarrei a tesoura.
A palavra humilhação é semelhante à palavra humildade. Não sei nada de origens de palavras, e por hoje não quero saber. Quero apenas dizer que a humilhação que sofri (mais por mim mesma que por aquele homem) me levou a repensar o mal uso que andava fazendo da minha humildade.
Tenho pensado nela. Quero ser humilde, muito mais humilde do que sou.
O querer é a tesoura.
Quando der o primeiro corte, mesmo que fique torto, venho lhes contar.
Beijos.

Flavia Bellesia



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Poeminha...



Muito boa noite! :)
Gente, voltei toda cheia da coragem pra mostrar um poeminha meu, retirado dos fundos dos cadernos...
Sim, claro, afinal de contas eu não sei vocês, mas eu só escrevo em cadernos, de preferencia bem grandes, com paginas recicladas e caneta fina de tinta preta...
Ok.
Hahaha!
Eu sei que sou fresca, obrigada.
Enfim,


Comecei a escrever músicas, na verdade, com uns 12 anos. nemteconto.
Aos 14, músicas evoluiram para poemas, e assim ficou até agora, com algumas mudanças, é claro.

O poema que lhes trago hoje fala da perda ou da ausência do lar.
Porque lar não é um lugar, é um sentimento.
Então, aqui está (espero que se identifiquem):



"Eu queria poder chegar em casa
Levando a minha cesta de doces
Para meus amores, que me aguardam
E ser recebida com um sorriso de finalmente
Eu gostaria que este inverno fosse mais frio
Apenas se tivesse um cobertor manso de agrados
Apenas se eu pudesse em casa chegar
E com minha alma doída, alguns poder alegrar
Gostaria de fazer os enfeites a mão
Em companhia deles... Mas eles, quem são?
Não sei aonde está minha casa
E por isso estou em lugar vão.
Sinto falta
Da falta de pressa
Ao encostar minha cabeça no chão...
Sinto pressa
De achar minha casa
De achar o seu olhar no meu
A única bençao que eu jamais tive
Foi a calma de ser só."

Flavia Bellesia.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...