segunda-feira, 3 de junho de 2013

About the easy way

[E sobre a mania de colocar títulos em inglês conversamos outra hora.]

Nenhuma verdade se esconde dos olhos dela. Não esconda dos olhos dela nenhuma verdade. Ao piscar os olhos, ao olhar pros lados, ela vai te observar. Nem tanto com a cabeça, é mais com o coração. Aprendeu desde cedo a seguir a intuição. Onde os sentidos querem, eles podem te levar. Deixa só o seu coração te guiar...

~"~

Sobre o caminho mais fácil. Sobre a negligência. Sobre a preguiça e o papo furado. Sobre o pano rasgado. Sobre a inércia da vida. Sobre mim.
Eu queria ficar aqui. Nem eu entendo porque, eu já te disse... Eu me sinto um fracasso sem muita explicação. Porque nada que esse mundo me ofertou, dos grandes sonhos aos pequenos, me interessa. Nem uma cafeteirazinha melhor. Nem. Nem um apartamento no melhor bairro, com a melhor estrutura. Nem. Nem uma vidazinha feliz com dois filhos e o maridão. Nem cinemas de falas cult, não. Recuso. Recuso e me recuso, não sei se num ato de amor ou suicídio. 
Eu me esqueço, mas peço pra lembrar o por quê disso tudo. Por quê eu escolhi o caminho do ninguém? Por quê eu não simplesmente me adaptei? Eu poderia ser mais normal, e ser assim mais... fácil! 
E é aí que o vento sopra, e me traz pessoas que me fazem, num relapso, lembrar. 
Eu quero a risada. Quero o pé quentinho. Quero a solidão e a natureza. Eu quero a vida humana, o humano em si. Eu quero o bom e o mau, quero tudo em mim. Quero viver de verdade, quero viver a sério, sem ter de ser séria. Eu nem quero ser cética. 
Eu prefiro a louça que ficou pra lavar, o dente que não foi ajustado pelo aparelho. Eu prefiro a alface que tem bichinho. Prefiro que não acorda maquiado, quem costurou a bolsa a mão.
A parede que descascou, a pessoa que tropeçou... O erro cometido.
A imperfeição.
Nada sem ela faz sentido.

Sempre, ao me lembrar, eu rio e pergunto: então é só isso?!

Eu me descobri um ser sem ambição.
Ou, quem sabe, com uma ambição muito, muito diferente.
Eu tenho a ambição de ser gente.
A meta da minha vida é alcançar quem eu sou.

~"~







Vida faz rimar

Faz tanto tempo que eu não chego em casa. Faz tanto tempo que eu nem sei onde chegar. A minha cabeça anda tão cansada, pede pra eu parar de pensar. Eu quero parar, mente, mas onde isso vai me levar? Tem tanta coisa pra ser feita, e tá na hora de eu levantar. Eu jurei que seria perfeita, mas isso foi até a vida vir e me quebrar. Eu rimo ar com lar, par com par, eu nem sei mais o que rimo. Eu nem sei mais como rimar. Como faz pra entrar na rima da vida que dança e quer me fazer dançar?
(Flavia Bellesia

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O meu único dever

É comigo mesma. E comigo que eu levanto e é comigo que eu deito. É comigo que eu almoço, que eu canto, danço e escrevo. Eu sou a pessoa mais importante da minha vida - e esse é o tal do egoísmo bom, do qual jamais devemos abdicar. Eu sou a única coisa que verdadeiramente tenho, e se eu vim nesse mundo por alguma causa, essa causa sou eu: em mim reside meu maior objetivo de vida.
Falo isso tudo pra poder me lembrar, porque infelizmente eu me esqueço.
Ao dizer todas essas coisas, vêm-me em mente um pequeno texto que vi publicado pela Elizabeth Gilbert em seu facebook, e que achei bastante precioso (como a grande maioria das coisas que ela posta por lá):

"I have come to the frightening conclusion that I am the decisive element.
It is my personal approach that creates the climate.
It is my daily mood that makes the weather.
I possess tremendous power to make life miserable or joyous.
I can be a tool of torture or an instrument of inspiration.
I can humiliate or humor, hurt or heal.
In all situations, it is my response that decides whether a crises is escalated or de-escalated, and a person is humanized or de-humanized.
If we treat people as they are, we make them worse.
If we treat people as they ought to be, we help them become what they are capable of becoming."
— Haim Ginott

Que, na minha tradução, significa:

"Eu cheguei a assustadora conclusão de que sou o elemento decisivo.
É minha abordagem pessoal que cria o clima.
É meu humor diário que faz o tempo.
Eu possuo o poder tremendo de tornar minha vida miserável ou feliz.
Eu posso ser um instrumento de tortura ou um instrumento de inspiração.
Eu posso humilhar ou ajudar, machucar ou curar.
Em todas as situações, é a minha resposta que decide se uma crise é elevada ou des-elevada, e uma pessoa é humanizada ou des-humanizada.
Se tratamos as pessoas como elas são, faremo-nas piores.
Se tratamos as pessoas como elas podem ser, nos a ajudamos a se tornar o que são capazes de se tornar".
- Haim Ginnot.

(e agora, pra fazer voltar a letra "normal" com que escrevo aqui no blog? kakakaka! minha produtividade tecnológica sempre a me impressionar!). NOTA: depois entendi como é que isso se faz! aiaiai

Não só me lembrei disto, como também de outro texto incrível que encontrei no blog do Leo Babauta Zen Habits (aconselho a visita, mas aviso com antecedência que o blog/site é todo em inglês!):

"Todos os dias pense ao acordar: hoje eu sou afortunado por ter acordado. Eu estou vivo, tenho uma preciosa vida humana e não irei desperdiçá-la.  Usarei todas as minhas energias para desenvolver a mim mesmo, para estender meu coração aos outros, para atingir a iluminação para o bem de todos os seres. Eu terei pensamentos gentis sobre os outros, não irei ficar irritado ou pensar mal deles: irei beneficiá-los o máximo que puder". 
(Dalai Lama).

Esta última é uma linda prece, e que me remete ao fato de que todos estamos realmente conectados uns aos outros, existindo a mais pura verdade naquela velha frase: "você colhe o que planta" ou "o que vai, volta". Cuidado com o que se planta. A decisão de ser feliz e ser melhor é uma semente abençoada, capaz de mudar todaS umaS vidaS. 
O compromisso com a felicidade se consolida. Com a verdade. Eu não sei ser feliz sem ser verdadeira. Preciso saber que há 100% de mim nas minhas ações. Inclusive estive observando que Deus também não sabe. Adoramos Deus porque não precisamos falar ou calar, com ele todo o jogo já está aberto.
Hoje, antes de dormir, vou chamá-lo em minha cama e clamar por Ele em todo meu ser e em toda minha vida, para que ressuscite e sepulte a mim. 
Que assim seja.






terça-feira, 30 de abril de 2013

Se quiserem me dar um presente...

Não maltratem suas mães.
Não joguem bitucas de cigarros no chão.
Não matem seus dias no facebook.
Deem licença aos velhinhos.
Deem ouvidos as crianças.
Deem carinho a todos que encontrar.

Aqui, do lado materialista, eu estou aceitando:






- O livro da "pesquisadora da vergonha e da vulnerabilidade" Brené Brown, autora pela qual me apaixonei depois de assistir sua palestra no TED.













- Um bolo de chocolate bem assim, com esse mega recheio de brigadeiro no meio. Também não me importo se tiver morangos em cima. :P










- Um DVD de Yoga, pra eu poder praticar sempre.

















- Filtro de barro! Que falta me faz a sua água deliciosa!















- Escultura de Iemanjá, a Rainha do Mar.
Sempre iluminando minha vida.













terça-feira, 9 de abril de 2013

Confiar

O que confiar significa pra você?
Para algumas pessoas, confiar é manter-se otimista sobre algo ou alguém. Depositar as esperanças e forças naquilo. É fazer essa intenção. Mas eu, eu nunca pude conceber a minha fé deste jeito. A minha fé é uma soltura! É um despejo, e não um depósito. Eu abro minhas mãos, e solto. Permito que vá embora o que tiver que ir. É um consentimento. Gosto de sentir esse gosto da aventura, e de estar de acordo com algo que sei ser verdade: nada é certo nessa vida. Tudo contém sua fragilidade e vulnerabilidade. Tudo pode mudar. Gostaria de continuar exercendo minha fé assim, compatível com este princípio que me faz aceitar que nem tudo está sob meu controle. E assim eu aprendo a cuidar apenas daquilo que verdadeiramente me pertence...
Eu. 



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Chá de Alecrim

Sento-me ca a frente, ouço Chopin e sorvo o chá quente de Alecrim, acabado de ser feito. Estou me sentindo uma chique! E é isto o que sou, portanto. Mas, vamos ao que interessa: o chá.
Nunca eu o havia tomado. Na verdade eu nem sabia que existia em forma de chá para consumo, e só fui ouvir falar no programa da Gisela Savioli (para quem não conhece, o blog dela está linkado abaixo na minha lista de blogs. Procure, ela é incrível no que faz - nutrição). Pois bem, resolvi testar, sem saber a quantia exata de planta (temos um pé em casa!) e água, eu segui minha intuição e o resultado foi o seguinte:
- O chá é bem claro mas tem uma leve... não-transparência. Parece até que pinguei gotas de própolis nele! Só fico tranquila porque lavei o alecrim muito bem antes de usar.
- O gosto é amargo - o que me surpreendeu! Mas nada insuportável  Inclusive, a dra. Gisela aconselha excitarmos a gustação do amargo, que favorece o trabalho de limpeza feito pelo fígado.

Agora, esse chá tem que ser feito da maneira correta. Vocês sabem como? Eu explico.
- Recolha o tanto que achar suficiente de alecrim, separe-o numa tigela e deixe de molho com água por volta de 5-10 minutos, para tirar as sujidades e bichinhos que podem estar ali pregados.
- Enquanto isso, ponha a quantia de água (suficiente para cobrir a folhagem que colheu) para ferver. Não precisa ferver mesmo, mas deixe que as bolinhas da fervura comecem a subir antes de desligar o fogo.
- Retire a planta do molho.
- Despeje sobre ela a água, fervente.
- Tampe o recipiente e deixe assim por volta 10 minutos.
Agora é só tomar! :)

De acordo com o que li, este chá:
- Ajuda o corpo a assimilar o açucar;
- Ajuda a estimular e recompor o sistema nervoso, deixando-o mais ativo intelectualmente;
- Ajuda em dores musculares e em resfriados e congestões.

Precisamos mais que isto?
Boa semana!
Entre o cheiro do alecrim e o carinho da Natureza,

Flavia.
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