segunda-feira, 3 de junho de 2013

About the easy way

[E sobre a mania de colocar títulos em inglês conversamos outra hora.]

Nenhuma verdade se esconde dos olhos dela. Não esconda dos olhos dela nenhuma verdade. Ao piscar os olhos, ao olhar pros lados, ela vai te observar. Nem tanto com a cabeça, é mais com o coração. Aprendeu desde cedo a seguir a intuição. Onde os sentidos querem, eles podem te levar. Deixa só o seu coração te guiar...

~"~

Sobre o caminho mais fácil. Sobre a negligência. Sobre a preguiça e o papo furado. Sobre o pano rasgado. Sobre a inércia da vida. Sobre mim.
Eu queria ficar aqui. Nem eu entendo porque, eu já te disse... Eu me sinto um fracasso sem muita explicação. Porque nada que esse mundo me ofertou, dos grandes sonhos aos pequenos, me interessa. Nem uma cafeteirazinha melhor. Nem. Nem um apartamento no melhor bairro, com a melhor estrutura. Nem. Nem uma vidazinha feliz com dois filhos e o maridão. Nem cinemas de falas cult, não. Recuso. Recuso e me recuso, não sei se num ato de amor ou suicídio. 
Eu me esqueço, mas peço pra lembrar o por quê disso tudo. Por quê eu escolhi o caminho do ninguém? Por quê eu não simplesmente me adaptei? Eu poderia ser mais normal, e ser assim mais... fácil! 
E é aí que o vento sopra, e me traz pessoas que me fazem, num relapso, lembrar. 
Eu quero a risada. Quero o pé quentinho. Quero a solidão e a natureza. Eu quero a vida humana, o humano em si. Eu quero o bom e o mau, quero tudo em mim. Quero viver de verdade, quero viver a sério, sem ter de ser séria. Eu nem quero ser cética. 
Eu prefiro a louça que ficou pra lavar, o dente que não foi ajustado pelo aparelho. Eu prefiro a alface que tem bichinho. Prefiro que não acorda maquiado, quem costurou a bolsa a mão.
A parede que descascou, a pessoa que tropeçou... O erro cometido.
A imperfeição.
Nada sem ela faz sentido.

Sempre, ao me lembrar, eu rio e pergunto: então é só isso?!

Eu me descobri um ser sem ambição.
Ou, quem sabe, com uma ambição muito, muito diferente.
Eu tenho a ambição de ser gente.
A meta da minha vida é alcançar quem eu sou.

~"~







Vida faz rimar

Faz tanto tempo que eu não chego em casa. Faz tanto tempo que eu nem sei onde chegar. A minha cabeça anda tão cansada, pede pra eu parar de pensar. Eu quero parar, mente, mas onde isso vai me levar? Tem tanta coisa pra ser feita, e tá na hora de eu levantar. Eu jurei que seria perfeita, mas isso foi até a vida vir e me quebrar. Eu rimo ar com lar, par com par, eu nem sei mais o que rimo. Eu nem sei mais como rimar. Como faz pra entrar na rima da vida que dança e quer me fazer dançar?
(Flavia Bellesia

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O meu único dever

É comigo mesma. E comigo que eu levanto e é comigo que eu deito. É comigo que eu almoço, que eu canto, danço e escrevo. Eu sou a pessoa mais importante da minha vida - e esse é o tal do egoísmo bom, do qual jamais devemos abdicar. Eu sou a única coisa que verdadeiramente tenho, e se eu vim nesse mundo por alguma causa, essa causa sou eu: em mim reside meu maior objetivo de vida.
Falo isso tudo pra poder me lembrar, porque infelizmente eu me esqueço.
Ao dizer todas essas coisas, vêm-me em mente um pequeno texto que vi publicado pela Elizabeth Gilbert em seu facebook, e que achei bastante precioso (como a grande maioria das coisas que ela posta por lá):

"I have come to the frightening conclusion that I am the decisive element.
It is my personal approach that creates the climate.
It is my daily mood that makes the weather.
I possess tremendous power to make life miserable or joyous.
I can be a tool of torture or an instrument of inspiration.
I can humiliate or humor, hurt or heal.
In all situations, it is my response that decides whether a crises is escalated or de-escalated, and a person is humanized or de-humanized.
If we treat people as they are, we make them worse.
If we treat people as they ought to be, we help them become what they are capable of becoming."
— Haim Ginott

Que, na minha tradução, significa:

"Eu cheguei a assustadora conclusão de que sou o elemento decisivo.
É minha abordagem pessoal que cria o clima.
É meu humor diário que faz o tempo.
Eu possuo o poder tremendo de tornar minha vida miserável ou feliz.
Eu posso ser um instrumento de tortura ou um instrumento de inspiração.
Eu posso humilhar ou ajudar, machucar ou curar.
Em todas as situações, é a minha resposta que decide se uma crise é elevada ou des-elevada, e uma pessoa é humanizada ou des-humanizada.
Se tratamos as pessoas como elas são, faremo-nas piores.
Se tratamos as pessoas como elas podem ser, nos a ajudamos a se tornar o que são capazes de se tornar".
- Haim Ginnot.

(e agora, pra fazer voltar a letra "normal" com que escrevo aqui no blog? kakakaka! minha produtividade tecnológica sempre a me impressionar!). NOTA: depois entendi como é que isso se faz! aiaiai

Não só me lembrei disto, como também de outro texto incrível que encontrei no blog do Leo Babauta Zen Habits (aconselho a visita, mas aviso com antecedência que o blog/site é todo em inglês!):

"Todos os dias pense ao acordar: hoje eu sou afortunado por ter acordado. Eu estou vivo, tenho uma preciosa vida humana e não irei desperdiçá-la.  Usarei todas as minhas energias para desenvolver a mim mesmo, para estender meu coração aos outros, para atingir a iluminação para o bem de todos os seres. Eu terei pensamentos gentis sobre os outros, não irei ficar irritado ou pensar mal deles: irei beneficiá-los o máximo que puder". 
(Dalai Lama).

Esta última é uma linda prece, e que me remete ao fato de que todos estamos realmente conectados uns aos outros, existindo a mais pura verdade naquela velha frase: "você colhe o que planta" ou "o que vai, volta". Cuidado com o que se planta. A decisão de ser feliz e ser melhor é uma semente abençoada, capaz de mudar todaS umaS vidaS. 
O compromisso com a felicidade se consolida. Com a verdade. Eu não sei ser feliz sem ser verdadeira. Preciso saber que há 100% de mim nas minhas ações. Inclusive estive observando que Deus também não sabe. Adoramos Deus porque não precisamos falar ou calar, com ele todo o jogo já está aberto.
Hoje, antes de dormir, vou chamá-lo em minha cama e clamar por Ele em todo meu ser e em toda minha vida, para que ressuscite e sepulte a mim. 
Que assim seja.






terça-feira, 30 de abril de 2013

Se quiserem me dar um presente...

Não maltratem suas mães.
Não joguem bitucas de cigarros no chão.
Não matem seus dias no facebook.
Deem licença aos velhinhos.
Deem ouvidos as crianças.
Deem carinho a todos que encontrar.

Aqui, do lado materialista, eu estou aceitando:






- O livro da "pesquisadora da vergonha e da vulnerabilidade" Brené Brown, autora pela qual me apaixonei depois de assistir sua palestra no TED.













- Um bolo de chocolate bem assim, com esse mega recheio de brigadeiro no meio. Também não me importo se tiver morangos em cima. :P










- Um DVD de Yoga, pra eu poder praticar sempre.

















- Filtro de barro! Que falta me faz a sua água deliciosa!















- Escultura de Iemanjá, a Rainha do Mar.
Sempre iluminando minha vida.













terça-feira, 9 de abril de 2013

Confiar

O que confiar significa pra você?
Para algumas pessoas, confiar é manter-se otimista sobre algo ou alguém. Depositar as esperanças e forças naquilo. É fazer essa intenção. Mas eu, eu nunca pude conceber a minha fé deste jeito. A minha fé é uma soltura! É um despejo, e não um depósito. Eu abro minhas mãos, e solto. Permito que vá embora o que tiver que ir. É um consentimento. Gosto de sentir esse gosto da aventura, e de estar de acordo com algo que sei ser verdade: nada é certo nessa vida. Tudo contém sua fragilidade e vulnerabilidade. Tudo pode mudar. Gostaria de continuar exercendo minha fé assim, compatível com este princípio que me faz aceitar que nem tudo está sob meu controle. E assim eu aprendo a cuidar apenas daquilo que verdadeiramente me pertence...
Eu. 



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Chá de Alecrim

Sento-me ca a frente, ouço Chopin e sorvo o chá quente de Alecrim, acabado de ser feito. Estou me sentindo uma chique! E é isto o que sou, portanto. Mas, vamos ao que interessa: o chá.
Nunca eu o havia tomado. Na verdade eu nem sabia que existia em forma de chá para consumo, e só fui ouvir falar no programa da Gisela Savioli (para quem não conhece, o blog dela está linkado abaixo na minha lista de blogs. Procure, ela é incrível no que faz - nutrição). Pois bem, resolvi testar, sem saber a quantia exata de planta (temos um pé em casa!) e água, eu segui minha intuição e o resultado foi o seguinte:
- O chá é bem claro mas tem uma leve... não-transparência. Parece até que pinguei gotas de própolis nele! Só fico tranquila porque lavei o alecrim muito bem antes de usar.
- O gosto é amargo - o que me surpreendeu! Mas nada insuportável  Inclusive, a dra. Gisela aconselha excitarmos a gustação do amargo, que favorece o trabalho de limpeza feito pelo fígado.

Agora, esse chá tem que ser feito da maneira correta. Vocês sabem como? Eu explico.
- Recolha o tanto que achar suficiente de alecrim, separe-o numa tigela e deixe de molho com água por volta de 5-10 minutos, para tirar as sujidades e bichinhos que podem estar ali pregados.
- Enquanto isso, ponha a quantia de água (suficiente para cobrir a folhagem que colheu) para ferver. Não precisa ferver mesmo, mas deixe que as bolinhas da fervura comecem a subir antes de desligar o fogo.
- Retire a planta do molho.
- Despeje sobre ela a água, fervente.
- Tampe o recipiente e deixe assim por volta 10 minutos.
Agora é só tomar! :)

De acordo com o que li, este chá:
- Ajuda o corpo a assimilar o açucar;
- Ajuda a estimular e recompor o sistema nervoso, deixando-o mais ativo intelectualmente;
- Ajuda em dores musculares e em resfriados e congestões.

Precisamos mais que isto?
Boa semana!
Entre o cheiro do alecrim e o carinho da Natureza,

Flavia.

domingo, 24 de março de 2013

Domingo

As árvores parecem gostar de frio e de domingo. Frio e domingo parecem se gostar. Todo o campo fica mais viçoso, mais bonito. Escurece o verde e resta aquilo que não restou. Eu estou tão acostumada a esse tristeza fina... Cobre-me como um veu do anoitecer, e tudo em mim se contrasta: meu coração ainda ferve, ainda doce. Eu sinto o calor do sol que há em mim, mesmo quando - ainda mais quando! - o vento vem soprar seu gelo, gotas de chuva me caem sobre o cabelo.
Despejo sobre minha casa a minha reza.
Despejo sobre ela, pois é nela onde eu vivo a profundeza do que sou.
Estou pedindo pra Deus manter o meu sagrado vivo. Viro oradora fervorosa, se for isso o que preciso!
Mas eu sinto Deus... Conversando comigo numa língua que desaprendi.
Deus gosta de mim, me perdoa e me acompanha. Ele conhece a criança que eu sou.
E no domingo, sabe que vou dançar a sua dança e cantar todo seu canto com clamor. Eu vou encher os meus pés de alegria! Passa vento, passa frio, e também passa a guria, me rodopia, me atira um beijo, me enche de flor - eu agradeço, ela se despede. Volto a janela. Volto aos campos. Volto do verde escuro onde eu nasci. Eu sempre fui isso, isso sempre fui eu. Estarei aqui todo o domingo. Esquecerei tudo comigo.
Morri e renasci, mas é aqui onde termino.


sábado, 16 de março de 2013

Vida leva eu!

Interessante como algumas coisas vão tomando forma devagarzinho aos nossos olhos nessa vida, sem que sequer nos demos conta!
É interessante notar que a vida tem seu jeito próprio de se comunicar conosco... Geralmente por sinais.
Eu nunca acreditei que viemos a este mundo com um propósito. Não fui criada com as noções de karma ou reencarnação. Nem ao menos enxergava as pessoas como seres espirituais, que fazem por aqui sua passagem num grande e eterno ciclo que não cabe a mim compreender. Mesmo porque, aderir a estes pontos de vista significa não só trilhar um caminho diferente do da minha familia, mas também da nossa sociedade, tão apegada cientificamente e tão presa as suas raízes antropológicas que ri-se toda quando ouve falar de algo maior que nós. Algo maior que isso. Algo que é sensível, mas não pode ser provado. Algo que nem sequer vemos! Pois, ora. Há de se pensar que alguém que acredite nisso seja mesmo um doido!
Gente, eu relutei. Mas acho mesmo que virei um doido, igual esses aí. Que sentem e nem querem prova. Não precisam ver pra crer. Que não tocam mas se sentem tocados, numa dimensão que (haha) nem mesmo é física!
E também não me importo com o nome que dão pra isso. Deus, Jesus, Buda, Luz, Amor, Sol, Estrela brilhante do horizonte, Batata frita... tanto faz.
Tudo começou bem devagar - porque a vida é esperta. E sabe que tem coisa que tem que entrar de mansinho, ou então nunca vai poder entrar. Começou comigo, querendo reestabelecer meu laço com o Divino. A vontade surgiu, e depois vieram os muitos convites: para retiros, para missas, para cultos, para tardes de meditação... E eu acho que não recusei nenhum. Fui. E comecei a ver, no entanto, que os "sinais" não acabavam por aí e não se restringiam aqueles lugares dedicados ao sagrado... Os sinais estavam por toda parte. Sem brincadeira. De repente eu entendi que aquela velha historia de que tudo está conectado não é conto-de-fadas.  Daí em diante, tudo mudou. Tudo tem mudado. Meu olhar sobre os dias. E principalmente, e especialmente sobre nós, seres-vivos. Pessoas.
<3 Muitissimo Grata, eu me despeço.
E ah! Só avisando: se você veio aqui e leu este post... Isso não foi por acaso.

;)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Aprender a ser feliz!

Eu tive que aprender a amarrar os sapatos. A não falar palavrão em público.  A me portar na mesa. A devolver o que não é meu. Aprendi muita coisa em 20 anos, sendo hoje um ser bem "adestrado".
O que eu nunca soube é que existe esse negócio de aprender a ser feliz. Sabia que existe?
Acho que até anteontem eu estava esperando que uma ação pudesse modificar todo o meu estado de espírito. Que um dia pudesse mudar o meu mês ou até o meu ano!
Tsc, tsc, tsc - nada disso! - a vida me respondeu. - Se quer mesmo ser feliz, estar de bem com você mesma e com a vida, vai ter que suar a camisa! A camisa dos hábitos. Vai ter que aprender a viver um dia de cada vez e a aceitar o que eles te deixarem em frente a sua porta ao fim do dia. Vai ter que recolher o pacote e ser humilde pra retirar as lições, como um ato cirúrgico!
Pois bem, vida, me aguarde. Estou a colocar minhas luvas!  ;)


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cura Erval Através dos Tempos

*Trecho Retirado do livro "Growing and using Healing Herbs" (Gaea and Shandor Weiss).
Sobre a história do livro, clique aqui.
A tradução é minha, fiz o melhor que pude com aquilo que sei. Posso ter alterado alguma palavra, mas jamais o sentido de uma sentença. Tive de retirar alguns parágrafos para que o texto não ficasse exaustivo. Espero que gostem e usufruam.

- Sistema Medicinal Chinês:
- Arquivos pré-históricos revelam que os antigos coletavam ervas e outras plantas raras e desta forma descobriam cada vez mais suas propriedades e seus tesouros, dado que naquele tempo plantas eram a principal fonte da medicina física. Alguns dos mais velhos arquivos sobre a flora natural usados atualmente na medicina provém da China. Datando 2.000 anos A.C. estes "oráculos antigos" são categorizados por suas respectivas plantas e doenças. Outro arquivo antigo inclui um índice erval  Chinês datado de 5.000 A.C., o qual lista ervas que continuam a ser utilizadas hoje.
Os sistemas medicinais mais antigos conhecidos no mundo hoje são aqueles da China e da Índia. A medicina chinesa nos deu duas técnicas de cura ainda muito utilizadas: diagnóstico de pulso e acupuntura. Acupuntura parece ter-se originado por volta de 2.700 A.C. Além disso, o sistema polifármaco Chinês é amplamente aclamado como uma das mais completas e efetivas tradições ervais ainda em uso.
Fu Hsi, criador yin e yang
As origens da medicina Chinesa estão associadas a três imperadores legendários: Fu Hsi, 2.852 A.C., que formulou a teoria do yin e yang; Sheng Nung, "o farmacêutico divino" (2.697 A.C.) pai da agricultura e da medicina erval; e Huan Ti, que viveu algum tempo entre 2.697 e 2.595 A.C. Ele é considerado o autor de "The Nei Ching" ou "Yellow Emperor's Classic of the Internal Medicine", que ainda é usado na China como um texto médico.
Do século 3 A.C. ao século 7 D.C., a medicina chinesa foi altamente influenciada pela filosofia e o exemplo dos sábios Taoístas que acreditavam na prevenção de doenças através da moderação. A China usou acupuntura, ervas, massagens, dietas e exercícios gentis para corrigir desequilíbrios dentro do corpo. Faziam diagnóstico pelo pulso e por características na face, mãos ou pés.

Sistema Medicinal Indiano:
O sistema medicinal Indiano é conhecido como Ayurveda, a "ciência da vida". A origem do Ayurveda é difícil de ser determinada. É tão antiga que desafia as habilidades de estudiosos e arqueologistas. Além disso, a única coisa que se sabe sobre o Ayurveda é que sua tradição é atemporal, como a própria vida. A explicação para esta visão pode ser a seguinte: as coisas todas têm uma habilidade instintiva para curar a si mesmas. Essa sensibilidade natural forma a base da ciência Ayurvédica. Portanto, a essência do Ayurveda co-existiu com a vida desde o ínicio.
O Ayurveda estava incorporado na maioria dos textos chamados Vedas, as antigas escrituras sob as quais baseiam-se a cultura e a religião Hindu. Os Vedas parecem existir desde 10.000 A.C. É certo que o Ayurveda já era bem desenvolvido por volta de 1.000 A.C. e continuou se desenvolvendo até meados de 1.100 D.C. Por volta do século 12 D.C., devido a invasões, o desenvolvimento do Ayurveda foi prejudicado e diminuiu um tanto, crescendo a partir de então com maior lentidão até o século 16.
Os Indianos acreditam que os trabalhos Védicos foram elaborados num tempo em que o conhecimento, o qual eles enxergam como o princípio masculino, e a sabedoria, o princípio feminino, estavam em equilíbrio. O Ayurveda tem uma influência muito forte sobre a tradição de curas ervais, as quais desenvolveram-se no Tibet.
O sistema Indiano, assim como o Chinês, trabalha para manter a saúde e prevenir doenças através do equilíbrio de dietas, exercícios, pensamento e meio. A medicina Ayurvédica abarca a visão expansiva de que "na existe no reino do pensamento ou experiência que não possa ser usado como medicina". Tratamentos incluem não apenas ervas e outras substâncias naturais, dietas e exercícios, mas também práticas mentais e físicas que intentam ajudar pessoas doentes a desenvolver emoções e qualidades positivas. Essas práticas, chamadas yogas, têm seu paralelo na medicina chinesa nos exercícios físícos e mentais dos Taoístas, como o Tai Chi, Pa Kua, Chi Kung, e os exercícios dos cinco animais. Todas estas disciplinas são devotadas a mudar e regular as energias vitais do corpo, e refinar a mente.

Como a medicina Chinesa, a medicina Ayurvédica sofreu um declínio nos tempos modernos. Com a ocupação britânica da Índia, a medicina ocidental ofuscou o Ayurveda. Mas agora, a medicina tradicional Indiana experimenta um renascimento e está sendo explorada por métodos científicos modernos além das práticas tradicionais. Esses dois maravilhosos sistemas médicos, o Chinês e o Indiano, do Tibet e da India, permitem que pessoas na modernidade continuem em contato com informações de tradições riquíssimas.










segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Egoísmo:

Tão importante, tão essencial quanto o altruísmo.
Seja alguém que te faz FELIZ!













quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Segura-te aos teus Sonhos!

"Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?"
(Pink Floyd - Wish you were here).

"Eles te fizeram trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela?" 

Eu sei que o que escrevo aqui parece distante da realidade, e muitas vezes é mesmo.
Mas eu tenho pensado muito na morte dos nossos sonhos. Deixamos nossas aspirações de lado porque nos dizem ser impossível conquistá-las. Ridicularizam nossos atos e ideias para o futuro colocando sobre eles o rótulo de "utópico".
Lentamente, vamos nos amortecendo no mais puro desânimo, na desesperança por achar que sonhar é algo inválido, até mesmo ingênuo. Evitamos muito sermos os bobos sonhadores, mas a que preço?

Quais sonhos você deixou de sonhar por medo do ridículo e dos dedos apontões dos outros?
Quais deles você apenas finge não sonhar mais?
Quais precisam ser resgatados, talvez hoje, talvez imediatamente, por suas próprias mãos?

Heidegger dizia que o tempo principal da vida é o futuro. É o vir-a-ser. Nosso próprio projeto.
É sob a visão daquilo que esperamos que construímos e agimos no nosso hoje.
Por isso a falta de sonhos é destrutiva e a ridicularização deles, pobre e nociva.

Sonhemos todos, com todos os riscos. Risco de dar certo, e de dar errado.
Viver, sonhando ou não, sempre é arriscado.
Então, porque não?

Aurora Boreal: um dos meus muitos sonhos.

Quarto dos sonhos.




Escrever: um sonho realizado! (Acho importante ser grato).




Comentários? Hahahaha :p
                                               
*Para saber mais sobre meus sonhos, clique aqui.

Let´s share, people! Contem-me os seus. E bons sonhos. ;*












terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pensando bem: Adoção, porque não?

Tudo bem, eu sou meio louca.
22:38 de uma terça-feira e eu, que tenho 20 anos aqui, pensando em adoção. Mas é um assunto que têm martelado muito na minha cabeça. Os motivos são muitos.
Mas, antes de começar, preciso dizer algumas coisas.
Primeiro, este texto não pretende oferecer dados estatísticos ou provas. Apenas uma reflexão.
Segundo, eu não sou mãe. Sou filha. Sou humano. E vou fazer minhas reflexões com base naquilo que sei, não tanto por conhecimentos teóricos, mas do que sei no mais intimo do meu coração.
Eu tenho observado muito o correr do mundo. Tenho tido a oportunidade de deixar para trás de mim mesma algumas ilusões que carregava, e minhas concepções de mundo vão a se alterar nesse compasso da descoberta, como uma dança da percepção. Cada vez mais me impressiono e tenho comigo a impressão de que a vida transcende mesmo a tudo o que imagino.
Eu nunca pensei que meus pensamentos fossem se voltar ao tema da adoção. Não sou adotada. Mesmo a maternidade nunca foi um tema que me chamou a atenção. Dizia eu, aliás, que meu intento de ser mãe era zero, pois não via motivos para tanto e achava ainda uma baita crueldade colocar mais um ser humano aqui nesse lugar do jeito que ele está, só pelo meu bel-prazer. Esse pensamento não mudou.
Mas é claro que eu percebia a singularidade da minha forma de pensar. A grande maioria das mulheres que conheço gostaria de ter (ou tem!) pelo menos um filho. Notar essa singularidade foi algo que me intrigou. Comecei a querer realmente entender o porquê dessa vontade generalizada de ter filhos. E fui em busca de respostas. A resposta que encontrei e que me levou a pensar em adoção é que a maior parte das mulheres querem isso mesmo: ter filhos. Isto é, além de criar, gestar e parir. Isso parece ser bem importante (repito: para a maioria), pelas mais diversas causas, dentre as quais eu citaria a de manter tradição e a genética.
Isso significa que:
1- Refletimos (se é que refletimos!) muito pouco sobre o que já está costurado no tecido social, e nisto inclui-se a maternidade e todo o seu sentido. As ideias, o certo e o errado, o normal e o diferente, o bom e o ruim - está tudo tão pré-estabelecido que somos levados em direção a correnteza do senso-comum, sem criar nossas próprias noções e possibilidades de vida. Isso faz de nós seres muito carregados de... pré-conceitos. Tornamo-nos então repetitivos e cíclicos. E, claro, muito carentes de autenticidade e até de identidade.
2- O mito da genética como determinante ainda envolve o sub-consciente de muita gente. A falta de conhecimento é a origem do medo diante do poder dos genes sobre as nossas características, inclusive comportamentais (ou talvez principalmente comportamentais). Somos levados, pela ignorância, a acreditar que a genética determina comportamento, quando na realidade ela exerce uma influência jamais separada do meio social em que (sobre) vive o organismo.

A ideia de que adotar um ser humano equivale-se a correr o risco de comprar problemas não passa, portanto, de uma ilusão. Ter um filho, seja ele adotado ou biológico, é sempre um risco que se corre. Temos em mãos apenas expectativas e intenções, e ter um filho seu não lhe garante que esses ideais serão cumpridos. A maioria das vezes o que ocorre é exatamente o contrário. Porque a vida é espontânea, não conta com planos. Ela acontece e de maneiras muito diferentes para cada um. Aí vem o desafio que é aceitar a individualidade do outro, daquele que veio de você (seja você pai ou mãe. E ao dizer "veio de você", não falo apenas de gestação e parto, falo também de criação e de valores).
E, por isso, ao meu ver, a importância de se saber capaz de um amor incondicional. Se eu digo que não serei mãe é justamente por duvidar dessa minha capacidade de amar sem expectativas. De amar um amor que é pura doação.

Pensando nisso, então, eu questiono:

Ser mãe, então, adquire que significado? Atinge quais instâncias? Abrange e transcende a que?
Trata-se, principalmente, do processo de gestação e parto? Não.
Não é principalmente isso, todos sabemos. E não precisamos continuar agindo como se fosse.
Gestar e parir não são sequer necessários para que alguém seja mãe ou, o que é ainda mais importante, maternal.
Muitas mães passaram por todo o processo biológico mas não têm essa característica psicológica e emocional que constitui a maternalidade.
Ser maternal é para poucos, pois trata-se de entrega, de doação. Do amor incondicional mencionado.

Mesmo uma pessoa que escolhe não ter filhos pode ter esta qualidade. E ela é o principal. Ela é o que basta para fazer de alguém mãe ou pai (sim, porque pais também podem ser maternais).

Num mundo tão realmente cheio de problemas e de crianças esperando por uma mão que lhes seja estendida e um colo que as acolha, por que não repensarmos nosso conceito já tão envelhecido e desgastado de maternidade e de família?
Desfaçamo-nos de nossas ilusões e expectativas. "Viver é melhor que sonhar" (Belchior).

"Todo filho precisa ser adotado". "Filho não sai, entra aos pouquinhos". - Soraya Pereira.


*Ter (gestar, parir) filhos eu não desejo mesmo. Mas adotar, se daqui uns anos eu me sentir capaz de tamanha doação que é criar filhos, eu pretendo.






sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como gosto de amanhecer...

Com muita calma. Com tempo.
Eu gosto de acordar devagar, relaxando...
Espreguiçar-me na cama, depois me sentar... Respirar fundo três vezes, levantar, abrir as cortinas (as janelas estão sempre abertas aqui em casa para que as energias fluam com o vento);
Ir ao banheiro e lavar o rosto e as mãos devagar com meu sabão predileto (que usa só gordura vegetal).
Ligo uma musica calma e enquanto isso, preparo um chá cidreira com gengibre e abro uma maça.
Antes de comer, paro alguns minutos para meditar e agradecer o alimento que pela Mãe Terra me foi dado... Agradeço os batimentos do meu coração, por estar começando um novo dia e peço para que Deus esteja a minha frente, a iluminar o meu caminho e me ajudar a fazer o melhor que posso, lembrando-me sempre de que os problemas que me acompanham hoje não são eternos e que na Força Divina posso sempre me reabastecer.
Gosto de ler um trecho ou algumas páginas de algum livro que me inspire e preencha meu coração com sabedoria e conhecimento. Muitas vezes, ler uma poesia me basta para o dia inteiro.
Isso feito, vou organizar as tarefas do meu dia, tudo com calma pra não me perder.
Melhor mesmo é, antes de dormir, planejar o que sera feito no dia seguinte e ter uma lista para que não haja stress quanto a isso.

Desejo a todos um bom dia, e um ótimo amanhecer.
Sob a Luz Divina que está em nossos corações,



Flavia Caridjó*

*ainda farei um post pra explicar isto! hahaha :)
*Obs: eu não acordo assim todos os dias, há dias em que mal faço um xixi e tenho que sair correndo de casa, com o bonus de ter o cabelo da Gal Costa. Mas podendo, começo meu dia assim mesmo, como uma lesma feliz.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Society


-Nós estamos vendo o quão importante é trazer a mente humana a revolução radical. A crise é uma crise de consciência. Uma crise que não pode mais aceitar as velhas normas, os velhos padrões, as antigas tradições. E, considerando o que o mundo é agora, com toda sua miséria, conflito, brutalidade destrutiva, agressividade, e assim por diante... O homem continua a ser como era: continua brutal, violento, agressivo, aquisitivo, competitivo... E ele construiu uma sociedade nesses termos. - Jiddu Krishnamurti.    




                                                   
                                                                                                                                                                                     

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estilo de vida: Minimalista

Acho que o título "minimalista" já é bem auto-explicativo, mas mesmo assim quero dar a minha visão do tema. Viver uma vida minimalista significa, em primeiro lugar, desobedecer aos padrões - que padrões? de consumo e de excessos de quaisquer ordem. Significa aprender a renunciar e, ao mesmo tempo, a escolher muito bem o que você aceita ter/ser/fazer na sua vida. Resumidamente, minimalismo é fazer do menos o melhor. Quando escolhemos viver com menos coisas (de objetos a pensamentos) de maior qualidade, já podem imaginar o que nos acontece.
Você deve começar por você. Comece por observar o que têm feito a cada dia. Se desejar, anote sua rotina em um caderno (ou onde preferir) pra ficar mais claro e pergunte-se: o que aqui está em excesso? E o que aqui está me faltando para que eu viva com uma qualidade plena que desejo atingir? Então, escreva o que te sobra e o que te falta e, lentamente, comece a substituir, assistindo sempre à balança para que haja equilíbrio contínuo.
Repita este exercício com tudo o que puder: pensamentos, sentimentos, relações, vida profissional, família, casa, objetos, roupas, gastos em geral. Provavelmente irá aperceber-se de que tens muito mais do que necessita, e por isso precisa destralhar, reduzir, minimizar. 
Mesmo que comece pelo ambiente externo, logo vais perceber mudanças, alívios internos. Sentir-se-á mais leve, e realmente o estará, pois irá livrar-se de preocupações como "o que os outros irão achar" e de culpas por ter gasto 3 vezes mais do que deveria (porque continuar com isso, afinal?). Por ter simplificado, organizar será tarefa mais fácil e até prazerosa, o que lhe garante um tempo a mais para dedicar-se ao que realmente gosta.
Pode ser que refaça, devagar!, todo o ciclo que circunda sua vida, indo você mesmo para um dia-a-dia e um eu mais sincero, mais clean e portanto, mais condizente com o que almeja e pede para as 7 ondinhas todo fim de ano. Isso tudo soa bem, e é verdade. Será sempre muito suado livrar-nos de nossos costumes, hábitos, impulsos e, no entanto, igualmente valioso.
Eu estou muito convencida de que vale o exercício e, para aqueles que desejam saber das repercussões trazidas pelo Minimalismo à vida de pessoas comuns, aconselho ler estes dois posts: este, e este.
Foi o blog The busy woman and the stripy cat, mais especificamente sua autora Rita Domingues, que me introduziu a este assunto de forma clara e objetiva. Aconselho a visita aos interessados!

Espero que estejamos juntos na caminhada para uma vida mais leve, plena e feliz.
"Cuide de si e, assim, estará a cuidar dos outros".

See ya!
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